Dispositivo de combate aos fogos prolongado até 15 de novembro
31 de out. de 2017, 12:12
— Lusa/AO online
"O ministro da Administração
Interna, Eduardo Cabrita, determinou o prolongamento do dispositivo,
incluindo meios aéreos, meios humanos e postos de vigia", refere o
Ministério em comunicado. O prolongamento, adianta o Governo,
abrange os 17 meios aéreos que reforçaram o dispositivo na última semana
(13 helicópteros ligeiros e 4 aviões médios anfíbios) e os 12
contratados para o período de 16 a 31 de outubro (oito helicópteros
médios, dois aviões pesados anfíbios e dois aviões médios anfíbios). Segundo
o Ministério da Administração Interna (MAI), vão estar disponíveis, até
15 de novembro, 35 meios aéreos de combate a incêndios em Águeda
(distrito de Aveiro), Ourique (Beja), Braga e Fafe (Braga), Alfândega da
Fé e Nogueira (Bragança), Castelo Branco e Covilhã (Castelo Branco),
Cernache e Lousã (Coimbra), Loulé e Monchique (Faro), Guarda, Meda e
Seia (Guarda), Pombal (Leiria), Portalegre, Baltar (Porto), Ferreira do
Zêzere, Pernes e Sardoal (Santarém), Águas de Moura (Setúbal), Arcos de
Valdevez (Viana do Castelo), Vidago e Vila Real, Armamar e Viseu
(Viseu). O MAI adianta que vai ser igualmente prolongado, até 15
de novembro, o período de funcionamento dos 72 postos de vigia da GNR,
mantendo esta força de segurança as Equipas de Manutenção e Exploração
de Informação Florestal (EMEIF) junto de cada Comando Distrital de
Operações de Socorro. No total vão estar envolvidos, na primeira
quinzena de novembro, 6.957 operacionais, entre os quais 3.100
bombeiros, além de "patrulhamento ostensivo no terreno" por parte das
Forças Armadas, em articulação com a GNR e a PSP, refere o comunicado. O
Ministério da Administração Interna justifica o prolongamento do
dispositivo de combate a incêndios com a previsão de condições
meteorológicas adversas e a manutenção do risco elevado de incêndios
florestais por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
e do European Forest Fire Information System (EFFIS). A fase
'Delta' de combate a incêndios florestais, que começou a 01 de outubro,
terminava hoje e estava previsto, a partir de quarta-feira, uma redução
de meios no terreno com o início da fase 'Echo'. Na segunda
semana de outubro, o dispositivo previsto para a fase 'Delta', incluindo
operacionais, meios aéreos e postos de vigia, foi reforçado devido às
condições meteorológicas, tendo sido novamente aumentado a 23 de
outubro. Os últimos dados do Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que os incêndios florestais
consumiram, este ano, mais de 418 mil hectares e cerca de metade da área
ardeu na primeira quinzena de outubro. Segundo os dados, o pior
ano de sempre em área ardida registou-se em 2003 (425.839 hectares),
seguido de 2017 (418.087 ha) e de 2005 (339.089 ha). Os incêndios
florestais já provocaram este ano mais de 100 mortos, 64 dos quais a 17
de junho em Pedrógão Grande e 45 resultaram dos fogos que a 15 de
outubro deflagraram em várias regiões da zona Centro.