Diretora-geral da Saúde apela aos pais para autoagendarem vacinação dos filhos
Covid 19
31 de dez. de 2021, 10:26
— Lusa/AO Online
Nesse período,
que começa no Dia de Reis, todos os centros de vacinação vão estar
“inteiramente dedicados à vacinação das crianças entre os 5 e os 11
anos”, para ser “um processo controlado de afluência normal” a estes
espaços, afirmou Graça Freitas, em declarações à agência Lusa. Na
véspera do Ano Novo, a diretora-geral da Saúde quis deixar uma mensagem
aos pais ou familiares das crianças para que as vacinem, realçando que
“vacinar é proteger”.“Eu
quero muito recordar aos pais que tem sido um privilégio durante
dezenas de anos a confiança que têm tido na vacinação em Portugal e nas
recomendações que nós temos feito sobre a vacinação”, disse.Graça
Freitas observou que em Portugal quase todas as crianças, adultos e
jovens se vacinam, “independentemente das suas características, da sua
condição social, da sua nacionalidade”, uma estratégia que tem dado
“bons resultados” porque a maior parte das doenças para as quais foram
vacinadas foram eliminadas no país.
“Não temos mesmo casos, a não ser por importação, e quando não
eliminamos, controlamos ao mínimo, mínimo possível de casos”, afirmou,
vincando que isto “é um bom exemplo” dos benefícios da vacinação.Segundo
a diretora-geral da Saúde, a vacinação “tem muitas vantagens para o
próprio”, porque evita a doença, e a infeção natural pelo vírus é sempre
um fenómeno que não se controla.“Nunca
sabemos quem é que vai ter uma complicação, quem é que pode ir para o
hospital, é sempre uma incógnita. Se temos uma vacina que simula a
infeção natural, mas que controla os riscos e as reações, então, usemos
essa vacina”, vincou.Graça
Freitas reafirmou que a vacina contra a covid-19 é eficaz, é segura e
tem qualidade”, tendo já dado “provas disso”, reforçando por isso o
apelo aos pais para aderirem ao processo de vacinação e fazerem o
autoagendamento, “para haver algum controlo na afluência aos centros de
vacinação, sem esperas desnecessárias, sem ansiedade desnecessária”.Segundo
Graça Freitas, já há pais a fazer o autoagendamento, mas o apelo é para
que “o façam ainda mais” porque há capacidade e vacinas suficientes
para vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos. “São
processos muito amigáveis, os enfermeiros e todo o pessoal que lá estão
[nos centros de vacinação] são extraordinários, conseguem tratar as
crianças com uma delicadeza e uma humanização muito grande”, comentou.Por outro lado, disse, “a injeção não dói, as reações adversas são muito raras e ligeiras e autolimitadas”.“É
um processo seguro e um processo eficaz e é um processo que confere
proteção contra uma doença que apesar de tudo para algumas pessoas pode
ser grave, o que nós não queremos de todos. Nós queremos é que as
pessoas se protejam”, rematou Graça Freitas.
Este será o segundo período destinado exclusivamente à vacinação de
menores, depois de mais de 95 mil crianças entre os 9 e os 11 anos terem
recebido a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer no fim de
semana de 18 e 19 deste mês.
Segundo o planeamento da "task force", a vacinação da segunda dose
para as crianças abaixo dos 12 anos deverá acontecer entre os dias 5 de
fevereiro e 13 de março.