Diretora-executiva da Liga louva “inevitável” regresso do público
Covid-19
9 de jul. de 2021, 17:16
— Lusa/AO Online
“Acreditamos
que é uma inevitabilidade, mas fruto de muito trabalho feito pela LPFP e
pelos clubes, que não se cansaram de reclamar este direito. Obviamente,
achamos que é algo que tinha de acontecer e estamos muito satisfeitos
com a decisão do Conselho de Ministros e de a Direção-Geral da Saúde
(DGS) ter operacionalização de forma muito rápida as condições para este
regresso”, enalteceu à agência Lusa Sónia Carneiro.As
próximas edições da I Liga, II Liga e Taça da Liga vão iniciar com a
possibilidade de 33% de lotação dos estádios em plena pandemia de Covid-19, depois de reuniões entre o organismo presidido por Pedro
Proença e as autoridades governamentais e sanitárias.“Durante
toda a época passada lutámos por isto e conseguimo-lo agora. Este
momento é de regozijo com o que está a acontecer e os lamentos ficaram
lá atrás. Seguramente, o colorido das bancadas vai valer a pena e todos
iremos fazer por merecer este voto de confiança e este restaurar de
justiça que há muito tempo o futebol reclamava”, afiançou.Em
comunicado no sítio oficial na Internet, a LPFP informou que a DGS vai
publicar em breve as regras e condições de acesso do público aos
recintos, cujo enquadramento será similar aos nove ensaios realizados em
2020/21 – seis jogos da I Liga e três da II Liga.“A
novidade é o aumento do número de pessoas que poderão estar no estádio.
Fizemos testes com cinco e 10% e agora vamos passar a 33%. De resto,
todas as regras que foram impostas vão manter-se exatamente iguais, com a
diferença de que teremos a obrigatoriedade de apresentação do
certificado digital covid-19”, frisou Sónia Carneiro.Esse
documento digital, que constitui prova de vacinação completa, teste
negativo nas 48 horas anteriores ou verificação de cura até 180 dias e
tem de ser exibido por cada titular do ingresso à entrada do estádio,
onde deve respeitar as normas de distanciamento social.“À
data de hoje, naquilo que está planeado para o início da competição,
não existe nenhuma limitação à entrada de adeptos visitantes. Dentro dos
recintos, vamos ter duas cadeiras de distanciamento entre adeptos,
sinaléticas a alertar para o distanciamento físico e a utilização de
máscara e circuitos específicos de entrada e de saída, que já estavam
definidos no plano de contingência de cada estádio em 2020/21”,
enquadrou.Sónia
Carneiro assegurou que há um “compromisso” para os limites de lotação e
as condições de acesso serem reavaliadas “no final de cada mês”, na
tentativa de efetivar a “esperança” da Liga de clubes em “aumentar
paulatinamente a ocupação dos estádios”.“Essa
resposta vai ser dada pela evolução epidemiológica. Há aqui uma forte
tónica de responsabilidade social das sociedades desportivas a ser
implementada pelos seus jogadores. Obviamente, a LPFP, que é o local de
agregação dos clubes, está a liderar este processo, mas ladeada pelas
entidades que têm responsabilidade no país”, referiu.Exemplo
dessa “vontade conjunta” consiste na campanha de vacinação contra a
covid-19 de atletas, equipas técnicas e restante ‘staff’ dos clubes da I
e II Liga, que arrancou hoje, um dia depois de ser apresentada antes da
cerimónia dos sorteios da época 2021/22.“Os
clubes aceitaram a campanha e estão a implementá-la, de forma que
consigamos sensibilizar todos os nossos adeptos, os mais velhos e, em
especial, os mais novos, para que se vacinem e rapidamente possamos ter
esta normalidade tão ansiada por todos de estarmos nos estádios e voltar
a conseguir abraçar-nos”, finalizou Sónia Carneiro.Os
dois escalões devem arrancar no fim de semana de 07 e 08 de agosto,
enquanto a primeira fase da Taça da Liga está marcada para 25 de julho,
uma semana antes da segunda ronda, que decorrerá em simultâneo com a
Supertaça Cândido de Oliveira entre o campeão nacional Sporting e o
Sporting de Braga, vencedor da Taça de Portugal.