Diretora do FMI avisa que situação económica “ainda vai piorar antes de melhorar”
7 de out. de 2022, 12:39
— Lusa/AO Online
Num
discurso, na Universidade de Georgetown, em Washington, Kristalina
Georgieva disse que acreditava que a situação “ainda vai piorar antes de
melhorar”.“A incerteza é muito elevada”,
referiu, destacando os efeitos da guerra, apontando que pandemia que
“ainda não desapareceu” e acrescentando também que “os riscos em torno
da estabilidade financeira estão a crescer”.A
diretora-geral do FMI disse que a entidade estava novamente a descer as
suas previsões para a economia mundial em 2023, projetando um
crescimento económico inferior em quatro biliões de euros até 2026.Georgieva
disse ainda que a instituição já tinha descido as suas previsões de
crescimento global três vezes e que esperava agora 3,2% para este ano e
2,9% para 2023.A diretora-geral do FMI
disse que a situação poderia ser resolvida por três prioridades para as
economias, apelando, em primeiro lugar, a medidas que reduzam a
inflação, impedindo que ela fique “entrincheirada” nos valores atuais.
Ainda assim, disse que estes esforços devem ser equilibrados, porque
senão podem empurrar “muitas economias para uma recessão prolongada”.“Os bancos centrais têm de continuar a responder”, disse, “mesmo se a economia abrandar”.A
segunda prioridade, para Georgieva, passa por medidas orçamentais que
protejam “as famílias e negócios mais vulneráveis”, avisando que estas
medidas devem ser “muito bem direcionadas” e apelando aos países a que
“não deem subsídios aos ricos”. A diretora-geral do FMI alertou ainda
para os efeitos negativos de controlos generalizados de preços.Por fim, Georgieva destacou a importância de apoiar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento.