Diretor da Faculdade de Ciências exclui cancelamento de exames e diz que a vida continua
11 de fev. de 2022, 12:46
— Lusa/AO Online
Numa
curta declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, Luis
Carriço, adiantou que foi disponibilizado apoio psicológico a alunos,
docentes e funcionários e afirmou que a Faculdade de Ciências “tem
inteira confiança nas autoridades” policiais, que “fizeram um trabalho
extraordinário” que levou à detenção de um estudante que planeava um
ataque contra alunos da faculdade.De
acordo com o diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,
a segurança dos alunos, funcionários e docentes nunca esteve em causa e
“não há quaisquer indícios que ponham em causa a segurança de todos
nesta comunidade”.“Devemos por isso, com
serenidade, continuar a efetuar todas as atividades que se exigem numa
escola de qualidade como é ciências”, defendeu Luís Carriço, afirmando
que cancelar exames seria uma enorme imprudência”.“Estamos
atentos a todos, alunos, docentes e funcionários, bem como à afluência
aos exames, as taxas de sucesso e temos uma equipa de apoio psicológico,
agora reforçada pela oferta da Faculdade de Psicologia e do
departamento médico da Universidade de Lisboa para apoiar caso seja
necessário e que está disponível para acorrer a todas as solicitações
que vejam a ser feitas”, concluiu.Luís
Carriço disse ainda pretender transmitir a todos “uma mensagem de
tranquilidade”, lembrando que muitos, em especial os alunos, trabalharam
arduamente para os exames que se realizam hoje.“A vida em ciências continua e continuara em normalidade porque não há quiser indícios para que assim não seja”, rematou.A
Polícia Judiciária (PJ) anunciou que deteve na quinta-feira um jovem de
18 anos que estaria a preparar um ataque hoje contra a faculdade que
frequentava, considerando ter impedido assim uma “ação terrorista” e ter
apreendido várias armas proibidas.Segundo
um comunicado da PJ, além de armas proibidas foram apreendidos outros
artigos, “suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos” e
vasta documentação, “além de um plano escrito com os detalhes da ação
criminal a desencadear”. Fonte ligada ao
processo disse à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista
foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos
Estados Unidos.O jovem detido está hoje a ser ouvido em primeiro interrogatório judicial para determinação de medidas de coação.