Diretas marcadas para 13 de janeiro e Congresso em fevereiro
10 de out. de 2017, 08:27
— Lusa/AO Online
O anúncio foi feito pelo
secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, no final do Conselho Nacional
do partido, segundo o qual a proposta foi aprovada "por esmagadora
maioria".Em cima da mesa, estava outra proposta que previa diretas a 09 de dezembro e congresso em janeiro.A
Comissão Política Nacional colocou a votação do Conselho Nacional estas
duas propostas, sendo que o cenário mais tardio obteve o voto da
"maioria esmagadora" dos conselheiros.Segundo o regulamento e
cronograma hoje aprovados, caso haja mais de dois candidatos e nenhum
obtenha maioria absoluta a segunda volta realiza-se a 20 de janeiro.Matos
Rosa indicou ainda que o prazo limite para a entrega de candidaturas e
moções de estratégia global será 02 de janeiro de 2018 e a campanha
eleitoral decorrerá entre 02 e 12 de janeiro, num total de dez dias.Já o pagamento de quotas para a inclusão nos cadernos eleitorais e o rateio de delegados será a 15 de dezembro. O
secretário-geral do PSD anunciou ainda que o próximo Congresso será
também de revisão estatutária: neste caso, a data limite para
apresentação de propostas de alteração dos estatutos será a 31 de
janeiro, que é também a data para a entrega de propostas temáticas.Matos
Rosa indicou que a data limite para inscrição de delegados ao congresso
será 25 de janeiro, com o Congresso a realizar-se a 16, 17 e 18 de
fevereiro em Lisboa.A proposta apresentada pelo deputado e antigo
líder da JSD Duarte Marques de realizar um congresso prévio às diretas
não foi admitida a votos por não constar da ordem de trabalhos
inicialmente estabelecida.Ainda assim, o autor da proposta
congratulou-se com o facto de o próximo congresso ser também
estatutário, o que permitirá a discussão desta e de outras propostas.A
proposta de calendário mais apertado - diretas já em dezembro e
congresso em janeiro - acabou por ter o voto de menos de uma dezena de
conselheiros nacionais, a maioria apoiantes de Rui Rio, que apresentará a
sua candidatura à liderança na quarta-feira em Aveiro.Em
declarações à Lusa, o líder da distrital de Aveiro, Salvador Malheiro,
lamentou este prolongar do debate interno no PSD, considerando que vai
manter o partido "em banho-maria" e beneficiar sobretudo o PS.Outros
conselheiros, contudo, rejeitam a ideia de que este calendário sirva
apenas para beneficiar candidatos que ainda não estão no terreno,
salientando que o presidente do partido, Pedro Passos Coelho, realçou na
sua intervenção inicial que o calendário que acabou aprovado seria o
"tempo normal" de o PSD ir a votos.Apesar da discussão da
liderança ter ficado de fora da reunião do Conselho Nacional, as
candidaturas de Santana Lopes e do antigo líder da distrital de Lisboa
do PSD Miguel Pinto Luz eram já dadas como certas por muitos
conselheiros, que realçam que esta pode ser a primeira vez que o partido
recorre a uma segunda volta em eleições diretas.Ausentes da
reunião de hoje à noite estiveram Luís Montenegro e Paulo Rangel, que na
semana passada se excluíram desta disputa interna, bem como o
vice-presidente Marco António Costa.Na terça-feira, o presidente
do PSD anunciou que não se iria recandidatar ao cargo, dois dias depois
de um dos "piores resultados de sempre" do partido em autárquicas e com o
argumento de não querer passar a ideia de estar "agarrado ao poder".Até
agora, apenas Rui Rio anunciou oficialmente a sua intenção de se
candidatar à liderança do PSD, numa apresentação marcada para
quarta-feira às 18:30, em Aveiro.