A aplicação do Decreto Legislativo Regional n.º 40/2006/A de 31 de Outubro, que estabelece, entre outras, novas periodicidades de inspecção técnica à generalidade dos veículos automóveis, acabou por traduzir-se num rude golpe para as contas das empresas concessionárias dos serviços de IPO (Inspecções Periódicas Obrigatórias).

De acordo com o relatório de gestão da Controlauto Lda, empresa que assegura tal serviço nas ilhas Terceira, Pico, Faial e São Jorge, a actividade sofreu em 2007, um impacto negativo por via da entrada em vigor da referida legislação, dado que as alterações registadas levaram à interrupção de um crescimento, quase contínuo, do número de serviços prestados, tendo-se no ano passado verificado os níveis de actividade mais baixos desde 2000, quando o número de serviços efectuados foi de 24949.

Devido à referida alteração legislativa, refere o Relatório de Gestão da Controlauto Lda, que as vendas de serviços diminuíram 48,4% face a 2006.

Em concreto, a diminuição da actividade da empresa resultou num resultado operacional negativo de 22094 euros.

Quanto a custos do exercício, seja em fornecimentos de serviços externos e custos com pessoal, estes desceram 18% e 14% respectivamente, representando os últimos 50,6% do volume de vendas.

Em 2007, a Controlauto Açores Lda efectuou um total de 23649 serviços de inspecção e de reinspecção, correspondendo a 13512 serviços efectuados no centro fixo (Praia da Vitória) e 10137 realizados pelo Centro Móvel (que cobre Faial, Pico e São Jorge). Tais números representam uma diminuição de 49,1% relativamente aos serviços realizados em 2006, e menos 44,5% que os serviços prestados no ano anterior.