Diogo Branquinho quer escrever “uma bonita página” para Portugal

Andebol/Europeu

12 de jan. de 2020, 03:57 — AO Online/ Lusa

“Esperamos um jogo dificílimo e temos de o encarar como se fosse o jogo das nossas vidas, porque temos uma muito boa oportunidade de fazer uma bonita página para o andebol português e não a podemos desperdiçar”, disse Diogo Branquinho, em encontro com a comunicação social na cidade norueguesa de Trondheim, anfitriã do grupo D da fase final do torneio.O jogador da equipa das 'quinas’ espera uma seleção bósnia “extremamente combativa” e “muito forte fisicamente”, mas, após o triunfo na jornada inaugural sobre a favoritíssima França, por 28-25, só pensa em “lutar para ficar o maior número de dias possível no torneio”.A seleção lusa, que apenas defrontou os bósnios duas vezes (um triunfo para cada lado), até pode assegurar o apuramento antecipado, caso se imponha à equipa dos Balcãs e os franceses, campeões europeus em 2006, 2010 e 2014, percam ou empatem com a Noruega.“Falamos muito pouco das outras contas. As melhores contas são muito fáceis de fazer: ganharmos amanhã [domingo] à Bósnia. Ganharmos à Bósnia dá-nos conforto. Depois pensamos no resto, mas primeiro temos de ganhar e pelo máximo número de golos possível”, assinalou.Diogo Branquinho foi o melhor marcador de Portugal frente aos franceses e um dos dois melhores do encontro, em igualdade com Dika Mem, ambos com cinco golos, mas teve 100% de eficácia, em contraponto com 56% do gaulês.“Foi um jogo muito especial. Estávamos muitos nervosos no início. Era o primeiro de quase toda a gente [no Europeu]. Mas rapidamente recuperámos a nossa postura lá para os 5/10 minutos da primeira parte e conseguimos voltar a ser Portugal, fiéis às nossas ideias”, observou.O ponta-esquerdo foi o jogador com maior tempo de utilização (59.47 minutos), mas, ainda assim, teve muita dificuldade em adormecer: “Há uma reflexão enorme a seguir ao jogo. Lembramo-nos dos lances e, sobretudo, dos nossos erros. Mesmo num jogo como o de ontem [sexta-feira] houve muitos erros que temos de trabalhar e já hoje o fizemos.”O lateral-direito João Ferraz também considerou que a vitória sobre a França foi “muito importante”, mas advertiu que os dois pontos conquistados “não servem de nada” se Portugal não conseguir conquistar mais, a começar já pelo confronto com a Bósnia, uma seleção “muito forte”.O pivô Luís Frade, o mais jovem da equipa lusa, com 21 anos, consagrou o dia de hoje a “voltar à Terra, treinar, estudar o próximo adversário e focar no próximo jogo”, alertando, tal como João Ferraz, que os atuais dois pontos “ainda não chegam” e são precisos, “pelo menos, mais dois”.“A cada treino e a cada jogo sentimo-nos mais confiantes. Estamos muito bem defensivamente e temos, lá atrás, a ajuda do [guarda-redes Alfredo] Quintana. Assim, é quase impossível marcarem-nos mais de 30 golos”, notou o pivô Alexis Borges.A equipa das 'quinas’ defronta a Bósnia no pavilhão Trondheim Spectrum, a partir das 16:00 (menos uma hora em Lisboa), antes de a Noruega, vice-campeã mundial em exercício, jogar com a França, medalha de bronze no último Campeonato do Mundo, em partidas da segunda jornada do grupo D.A seleção lusa, que apenas defrontou os bósnios duas vezes (um triunfo para cada lado), até pode assegurar o apuramento antecipado, caso se imponha à equipa dos Balcãs e os franceses, campeões europeus em 2006, 2010 e 2014, percam ou empatem com a Noruega.Portugal, que disputa pela sexta vez a fase final do Europeu - no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia -, após 14 anos de ausência, encerra a participação na fase preliminar da prova na terça-feira, frente à Noruega, em Trondheim.