Diogo Branquinho quer assegurar apuramento para o Euro2022 de andebol já em Israel
27 de abr. de 2021, 15:29
— Lusa/AO Online
“O grupo está bem, motivado e
ansioso, mas uma ansiedade boa para começar a competir e conquistar o
direito desportivo de estar presente no Europeu2022 já no primeiro jogo
[com Israel]”, disse o ponta esquerdo Diogo Branquinho.Para
garantir a qualificação, à ‘distância’ de um empate (um ponto), a
seleção orientada por Paulo Jorge Pereira tem duas tentativas no grupo 4
de qualificação, na quinta-feira, frente a Israel, em Telavive, e no
domingo, na receção à Lituânia, em Matosinhos.“É
uma prova em que queremos estar presentes, porque queremos ser um dos
candidatos crónicos em todas as grandes competições e estar sempre nos
mundiais e nos europeus, porque temos essa qualidade. E fazer cada vez
melhor”, defendeu Branquinho.Depois de ter
sido sexta classificada no Euro2020, 10.ª no Mundial2021 – que
constituem as duas melhores posições de sempre – e do inédito apuramento
para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, a seleção portuguesa está a um
passo de conseguir o pleno de quatro apuramentos consecutivos, após 14
anos sem nenhuma presença em fases finais.“Temos
uma excelente equipa, com bons jogadores, com boas pessoas e uma
vontade e uma mentalidade vencedora para olhar nos olhos todas as
seleções do mundo e ganhar-lhes. É essa a nossa motivação”, referiu,
justificando desta forma a evolução.O
ponta recordou que “há algum tempo a seleção teria que fazer um jogo
perfeito e o adversário ter um dia menos bom para conseguir vencer, mas
agora já não é assim, pois basta que Portugal jogue de acordo com a sua
qualidade para ganhar a qualquer seleção do mundo”.Para
além do desejo de assegurar já no jogo com Israel a qualificação, o
jogador dá ainda corpo à ambição de, conquistada a presença no
Europeu2022, continuar a curva crescente da modalidade e lutar pelas
medalhas, algo que tem “escapado por pouco”.“Nós
temos que ser os primeiros a assumir que temos a boa responsabilidade
de ganhar e que tal se deve à nossa qualidade e confiança e vamos sempre
para as competições com a ambição de fazer uma boa prestação na fase de
grupos, passá-la e a seguir ir jogo a jogo para ganhar a todas as
seleções. Se isso acontecer está empírico que estamos na luta pelas
medalhas”, assegurou.Diogo Branquinho
considerou que a seleção portuguesa “pratica um andebol bonito,
cativante, rápido, com uma defesa muito forte, ao nível das melhores do
mundo, com golos espetaculares, com jogadores com capacidade técnica e
tática muito acima da média e um espírito de entreajuda muito grande”.“Temos
que transformar isso em resultados”, adiantou Diogo Branquinho, de 26
anos, considerando que Portugal é já um adversário que as outras
seleções respeitam e, se pudessem escolher, preferiam evitar nos
apuramentos e fases finais.O ponta
considera que “Portugal já não é uma surpresa e todas as seleções que se
cruzam no seu caminho já sabem que vão encontrar uma equipa difícil de
bater e todas as grandes equipas do mundo, habituadas às finais, já
sentiram muitas dificuldades nesses encontros”.“Não
vamos tirar a boa responsabilidade de um dia chegar às medalhas. Penso
que isso vai acontecer de uma forma natural, pois temos qualidade e
confiança no processo. No sexto lugar do Euro2020 e no 10.º do
Mundial2021 estivemos muito perto”, acrescentou.Diogo
Branquinho comentou ainda o facto de o jogo em Israel decorrer com
espetadores, considerando ser sempre bom ter adeptos, “porque o desporto
é para eles”, e a presença de público “torna o jogo mais vibrante”,
embora também “mais difícil para a equipa visitante”.Portugal
disputou quatro jogos no grupo, que lidera, com mais dois pontos do que
a Islândia. Soma três triunfos, nas receções a Israel (31-22) e
Islândia (26-24) e em casa da Lituânia (34-26), e uma derrota, na
deslocação a Reiquiavique (32-23).O
apuramento para a fase final do Euro2022, a disputar na Hungria e na
Eslováquia, está ao alcance dos dois primeiros classificados de cada um
dos oito grupos, mais os quatro melhores terceiros, o que deixa ainda
tudo em aberto no que toca à qualificação.A
fase final contará com 24 seleções, 20 das quais saídas da
qualificação, que se juntam aos organizadores Hungria e Eslováquia e à
campeã europeia em título, a Espanha, e à ‘vice’ Croácia.