Dinamismo do imobiliário impulsiona construção e obras públicas no 1.º semestre
29 de set. de 2017, 15:44
— Lusa/AO online
“O primeiro semestre de 2017 bateu o recorde
dos últimos nove anos em termos de transações semestrais de fogos
habitacionais, tanto em número como em valor”, refere a Federação
Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) na sua
análise de conjuntura de setembro, hoje divulgada.Até junho,
refere, foram transacionados em Portugal 72 mil fogos, num montante
total de 8,9 mil milhões de euros, refletindo crescimentos de 18% em
número e de 25% em valor face ao período homólogo de 2016.Segundo
a federação, em linha com o que vem acontecendo desde 2013, foi a venda
de fogos já existentes “a principal responsável pelo forte dinamismo”
do primeiro semestre de 2017, com crescimentos de 21% em número e de 31%
em valor que levaram a um “aumento acentuado” no volume de trabalhos de
reabilitação/renovação.Já as transações de fogos novos apenas cresceram 4% em número e 6% em valor até junho.Em
termos regionais, foi a Área Metropolitana de Lisboa que concentrou,
“de forma destacada”, a maior fatia das transações efetuadas ao longo do
primeiro semestre - 35% do total em número e 48% em valor - com
crescimentos de 17% e de 29%, respetivamente, face a 2016.A Área
Metropolitana de Lisboa foi igualmente a zona onde o valor médio de
transação por fogo foi mais elevado - 168,6 mil euros - 10,2% acima do
valor observado nessa região em 2016 e 36,6% acima da média nacional
observada em 2017 (123,5 mil euros/fogo).De acordo com a FEPICOP,
“a estes significativos crescimentos do mercado imobiliário juntam-se
as variações igualmente favoráveis que se vêm registando nos restantes
segmentos do setor da construção, nomeadamente no mercado das obras
públicas, com evoluções de +91% e de +83%, até agosto, nos montantes dos
concursos promovidos e dos contratos celebrados, respetivamente”.Tendo
por base estes dados e ainda os “crescimentos mais intensos nos últimos
20 anos” das variáveis FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) Construção
e do VAB (Valor Acrescentado Bruto) Construção – com crescimentos
homólogos até junho de 9,6% e 7,5%, respetivamente - a federação faz uma
“leitura positiva” da evolução da construção este ano.