Diáspora Boavisteira reuniu seis antigos presidentes, Valentim Loureiro homenageado

1 de jun. de 2019, 17:54 — AO Online/ Lusa

Valentim Loureiro, hoje com 80 anos, estreou-se como dirigente axadrezado há 50 anos e a organização da Diáspora assinalou a efeméride entregando-lhe uma placa alusiva numa cerimónia realizada no auditório do Estádio do Bessa e presenciada por mais de uma centena de antigos atletas, treinadores, dirigentes e outros responsáveis.A atual direção do Boavista, presidida por Vítor Murta, aproveitou e distinguiu-o com uma réplica da peça escultórica que se ergue no exterior do Bessa alusiva à conquista do título de campeão nacional da época 2000/2001, o único que o Boavista possui.A Diáspora Boavisteira, uma iniciativa promovida por antigos jogadores axadrezados, como Almeidinha, Caetano e Júlio, conseguiu este ano reunir seis ex-presidentes do Boavista: Mexia Alves, Valentim Loureiro, João Loureiro, Joaquim Teixeira, Manuel Maio e Álvaro Braga Júnior.Valentim Loureiro, atual presidente honorário do Boavista, recordou que esteve "muitos anos no futebol" e foi o primeiro presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e disse que foi "um prazer" reencontrar atletas do seu tempo, "aqueles que mais mereceram" a sua atenção "enquanto profissionais"."Eram profissionais, mas nunca separei o jogador do homem. Vi nos jogadores não algo que se compra e vende. Não se compram nem se vendem jogadores. Contratam-se, dispensam-se e transferem-se", frisou.Valentim Loureiro elogiou Mexia Alves, um "presidente de uma importância ímpar porque pagou do bolso dele muito dinheiro para o Boavista se aguentar entre os maiores", e recordou também o filho, João Loureiro, que era o presidente quando o Boavista se sagrou campeão nacional."Defendo que haja uma competição desportiva séria e que tudo o que se ouve por aí sejam apenas rumores. Infelizmente, há quem atire e se esconda e crie problemáticas que não deveriam existir", acrescentou.Manuel José, que foi treinador do Boavista, participou na terceira edição da Diáspora e disse que, "brincando, é um bocadinho, como uma ida ao museu" e rever jogadores, dirigentes e outros responsáveis com os quais trabalhou."É uma emoção muito grande estar com esta gente toda no clube em Portugal, onde estive mais tempo. Foram cinco anos. A Diáspora é uma ideia excelente, porque dá importância àqueles que ajudaram a fazer a história do Boavista", referiu.O atual presidente do Boavista, Vítor Murta, elogiou a iniciativa, pois "para se ter um bom futuro é preciso respeitar o passado"."É a nossa história e a nossa memória" que a Diáspora convoca, considerou, anunciando que a sua direção pretende criar "um espaço no Estádio do Bessa para os grandes jogadores do Boavista que são uma referência", espaço esse que deverá ficar na banca principal.O terceiro encontro da Diáspora Boavista reuniu mais de 160 antigos futebolistas, treinadores, dirigentes e outros responsáveis num programa que começou ao fim da manhã, terminou mais de seis horas depois e incluiu um almoço cuja receita reverterá favor de um fundo de apoio a ex-jogadores com problemas de saúde e financeiros.