Dia da Viola da Terra comemorado em outubro nos Açores
14 de set. de 2022, 17:04
— Lusa/AO Online
O
espetáculo realiza-se no Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas e é
promovido pela Associação de Juventude Viola da Terra e intitulado
“Duos de Viola”. Segundo um comunicado da
associação, em palco estarão três grupos: os Duo Cordibus (ilha
Terceira), Projeto Engengroaldenga (de Santa Maria) e Duo Toadas ( São
Miguel), todos com "abordagens muito próprias à Viola da Terra, com
base, sempre, no repertório tradicional mas, também, com novas
sonoridades, adaptação de repertório de outros instrumentos e a
conjugação com projeção de vídeo".O
concerto, que decorre pelas 18h30 terá a
duração aproximada de 70 minutos e será de entrada livre, segundo a
associação.A par deste evento, a
associação está a preparar sessões de sensibilização nas escolas, sobre a
viola da terra, que "envolvem, sempre, a experimentação do
instrumento". As comemorações do dia da
viola da terra iniciaram-se em 2019, como forma de ser criado um dia em
torno da valorização do instrumento tradicional.As
comemorações são promovidas pela Associação MiratecArts (Pico), Sons do
Terreiro - Associação Cultural (Terceira) e pela Associação de
Juventude Viola da Terra (São Miguel), contando também com iniciativas
de outros músicos em várias ilhas dos Açores. A
edição de 2022, em São Miguel, é produzida pela Associação de Juventude
Viola da Terra e conta com a coprodução do Arquipélago – Centro de
Artes Contemporâneas e com o apoio do Governo dos Açores. A
viola da terra teve origem no século XVIII e “sobreviveu graças ao
povo”. Tem a caixa em forma de oito e tem 12 cordas: três ordens duplas
(seis cordas mais agudas organizadas aos pares) e duas ordens triplas
(outras seis cordas graves e organizadas em conjunto de três).O
instrumento é também conhecido como viola de arame ou viola de dois
corações, sendo semelhante ao violão, mas de dimensões mais pequenas. No
passado, a viola da terra fazia parte do dote do noivo e o seu lugar na
casa durante o dia era em cima de uma colcha axadrezada, como adorno do
quarto do casal, assumindo, desde o povoamento do arquipélago, um lugar
de destaque nos festejos, bailes, cantorias e serões.