DGS reitera possibilidade de toma da Janssen e Astrazeneca fora da idade indicada
Covid-19
5 de mai. de 2021, 14:26
— Lusa/AO Online
A
administração das vacinas da Janssen e da Astrazeneca contra a Covid-19
são recomendadas para as pessoas com mais de 50 anos e de 60 anos,
respetivamente.Questionada à margem de uma
visita à Escola Básica Frei Luís de Sousa, em Lisboa, onde realizou uma
ação com crianças no âmbito do Dia Mundial da Higiene das Mãos, hoje
assinalado, Graça Freitas explicou que a toma da vacina da Janssen fora
da idade recomendada é uma opção que pode ser tomada pelas pessoas,
desde que estejam devidamente informadas.
“Se for presencial as pessoas serão esclarecidas de que vão levar
aquela vacina, receberão um folheto com toda a informação necessária e
se decidirem ser vacinadas serão vacinadas, e se decidirem aguardar por
novos dados, nova informação que permita outra vacina, então serão
depois convocadas para a vacinação”, adiantou.
Graça Freitas salientou que “o risco [de uma reação grave] é mínimo
e, portanto, se uma pessoa assumir a título individual que não se
importa em ter um risco infinitamente pequeno pode fazê-lo, dar o seu
consentimento na altura da vacinação, ou se se criar um formulário
eletrónico, pode fazê-lo através desse formulário”.
Contudo, salientou, na altura da vacinação a pessoa terá sempre a
oportunidade de se pronunciar, “devidamente esclarecida, que quer essa
opção”. Relativamente à vacina da
AstraZeneca, recomendada para pessoas acima dos 60 anos, Graça Freitas
afirmou que a Agência Europeia do Medicamento licenciou a vacina, que
está autorizada para qualquer idade, acima dos 18 anos.
“Se está autorizada para acima dos 18 anos ser administrada a
primeira dose, em coerência com essa autorização, também está a
segunda”, salientou. A diretora-geral da
Saúde sublinhou que há “um equilíbrio entre o que é mais simples, do
ponto de vista logístico, para acelerar o processo”, mas defendeu que
não se pode “deixar para trás pessoas que queiram ter uma oportunidade
de vacinação, assumindo elas a sua responsabilidade no processo, porque
devidamente informadas devidamente esclarecidas podem fazê-lo.
Questionada sobre o número de vacinas já administradas, afirmou que
“Portugal tem estado a dar as vacinas todas que vai recebendo”, sendo
que só a partir desta semana e da próxima é que vai haver “vacinas em
abundância para aumentar o ritmo da vacinação”.
“De qualquer maneira mais de 260 mil portugueses já receberam a
primeira dose e mais de 900 mil, a caminho do milhão, já receberam a
segunda dose. Portanto, o nosso país tem feito pela vacinação tudo o que
é possível fazer”, vincou Graça Freias.
Disse ainda que o país está preparado para vacinar 100 mil pessoas,
admitindo, contudo, que “vai ser uma operação complexa, que vai ter dias
altos e dias menos altos”. Mas,
assegurou, “está a ser feito tudo do ponto de vista da logística, da
distribuição, do agendamento para que esse ritmo de mantenha”.