DGS está a rever orientação sobre máscaras que passam a ser facultativas
9 de set. de 2021, 18:17
— Lusa/AO online
“A
Orientação relativa à utilização de máscaras, que está a ser revista,
irá no sentido de deixar de recomendar a utilização universal de
máscaras no exterior, que poderá ser utilizada de forma facultativa”,
refere a DGS numa resposta enviada à agência Lusa. No
entanto, salienta, “serão consideradas situações especiais,
nomeadamente aglomerados previsíveis ou potenciais de pessoas, contextos
específicos e situações clínicas particulares. Nestes casos, a máscara
irá ser recomendada”.A
ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, salientou hoje, em
conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, que as
recomendações da DGS vão influenciar decisões sobre o uso de máscara,
cuja obrigatoriedade de utilização nos espaços públicos cessa
formalmente no domingo.Sobre
a aparente indefinição em torno da utilização da máscara de proteção
contra a propagação da covid-19 no recreio das escolas, Mariana Vieira
da Silva remeteu o esclarecimento das dúvidas para o Ministério da
Educação e para a DGS, ao notar que existe “uma estrutura de
acompanhamento” que reúne as duas esferas, tal como em 2020. “O referencial é conhecido e cabe agora à DGS e ao Ministério da Educação dar resposta às dúvidas”, notou.O
referencial remete para a orientação 005/2021 sobre o uso de máscara,
que a DGS está a rever, e que recomenda que “qualquer pessoa com 10 ou
mais anos de idade, em espaços interiores (como supermercado, farmácia,
lojas ou estabelecimentos comerciais, transportes públicos) ou
exteriores como parques, jardins, ruas), deve utilizar máscara
comunitária certificada ou máscara cirúrgica”. Nos
estabelecimentos de ensino esta medida aplica-se apenas a partir do 2.º
ciclo do ensino básico, independentemente da idade dos alunos, refere a
DGS.“Nas
crianças com idade entre 6 e 9 anos, e para todas as que frequentam o
1.º ciclo do ensino básico independentemente da idade, a utilização de
máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica é fortemente
recomendada, como medida adicional de proteção, em espaços interiores ou
exteriores elencados”, lê-se na orientação, que não recomenda o uso de
máscara nos menores de 5 anos. Numa
audição na quarta-feira no parlamento, a pedido do PSD sobre a
obrigatoriedade das máscaras, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas,
apontou como exceções para a continuação do uso de máscara o recreio nas
escolas, em aglomerados populacionais e eventos em espaços exteriores.
“A transmissão indireta do vírus é por acumulação de aerossóis e
obviamente essa via é muito menos eficaz no exterior do que no interior.
De qualquer maneira a recomendação vai no sentido de que em aglomerados
e em contextos especiais” a máscara deve ser utilizada, avançou Graça
Freitas na audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da
aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19.A
Direção-Geral da Saúde faz recomendações sobre o uso de máscara e cabe à
Assembleia da República determinar o seu uso obrigatório ou não.