DGS deixa palavra de confiança a grávidas e diz que transmissão é rara
Covid-19
27 de jul. de 2020, 17:34
— Lusa/AO Online
“No
mundo inteiro há raros casos descritos desta transmissão vertical, da
mãe para o filho, durante a gravidez e têm nascido bastantes crianças,
filhas de mães positivas, que se desenvolvem bem e não contraem a
doença”, afirmou Graça Freitas.A
diretora-geral comentava um destes casos, noticiado na sexta-feira,
afirmando que a situação está a ser acompanhada, mas que se trata de um
caso excecional.Em causa, está uma notícia
avançada na sexta-feira pelo Expresso, que dava conta de um feto de
oito meses com covid-19 que morreu no Hospital Amadora-Sintra, em junho,
tendo sido infetado pela mãe, que era doente assintomática.Segundo
declarações da diretora do Departamento da Mulher do Amadora-Sintra,
Antónia Nazaré, ao semanário, a mãe terá chegado ao hospital com uma
ecografia externa em que foi possível verificar que o feto tinha
problemas motivados por uma infeção viral.O
feto estaria em agonia e teve, por isso, de se provocar o parto, mas o
bebé acabou por não sobreviver, não havendo registo de outras
complicações durante a gravidez.Questionada
se este caso poderia motivar uma revisão das orientações sobre a
gravidez e o parto, Graça Freitas afirmou que não existe evidência
cientifica que o justifique.“Neste
momento, não há nenhuma evidência que nos leve a ponderar a alteração da
norma da vigilância da gravidez e depois do recém-nascido, mas estamos
atentos ao desenvolvimento cientifico e à investigação que continua a
realizar-se”, assegurou.Segundo as
orientações em vigor, no caso de grávidas com covid-19, assintomáticas
ou com queixas ligeiras, deve manter-se a sua vigilância habitual.Portugal
regista hoje mais duas mortes e 135 novos casos de infeção por covid-19
em relação a domingo, segundo o boletim diário da Direção-Geral de
Saúde (DGS).