DGS cautelosa sobre previsões do pico da pandemia em Portugal
Covid-19
2 de abr. de 2020, 15:49
— Lusa/AO Online
“Nós só saberemos que estivemos no pico quando
começarmos a descer. E mesmo assim, não é nos primeiros dias de
descida, porque às vezes, a seguir a uma aparente descida, volta a haver
uma subida”, referiu Graça Freitas na conferência sobre a progressão da
pandemia em Portugal.A responsável
referiu que a curva epidémica em Portugal ainda está “em franca
ascendência”, mas não de forma “exponencial e abrupta”.“Temos
tido uma subida relativamente aplanada, mas não sabemos quando é que
vai ser o pico com certeza”, referiu, reiterando que será mais “um
planalto” e que “estes dados relacionados com o pico têm que ser muito
cautelosos”.A diretora geral salientou
que, mais do que número diário, o que interessa às autoridades de saúde
é, sobretudo, “o número de doentes por semana” para que o sistema
consiga responder.“Esse é o grande
objetivo dos serviços e do sistema de saúde: conseguir ter numa unidade
de tempo, uma semana, por exemplo, um número suficientemente controlável
de doentes para respondermos bem e em segurança, mesmo se para isso
tenhamos que andar mais semanas até atingir o pico e depois começar a
descer a curva”, afirmou.As mais recentes previsões das autoridades de saúde sobre a fase mais aguda da doença em Portugal apontavam para o mês de maio.