DGS apela para reforço de medidas de proteção na Páscoa
Covid-19
13 de abr. de 2022, 12:25
— Lusa/AO Online
Num balanço da situação
epidemiológica, Graça Freitas disse que o número de novos casos de
covid-19 nos últimos sete dias ainda rondou os 60 mil, um número
superior aos picos das curvas epidémicas anteriores, exceto no último
Inverno.“Ainda estamos longe de chegar a
uma atividade baixa que permita chegar a um nível seguro” que permita
“ter um verão descontraído e seguro”, afirmou Graça Freitas,
considerando que apesar de estável e com tendência decrescente, a
incidência do coronavírus SARS-CoV-2 ainda está elevada, assim como a
transmissibilidade.Graça Freitas sublinhou
que a mortalidade por covid-19 traz “bastante preocupação”, adiantando
que se encontra nos 28,6 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes,
valor que continua superior ao limiar de 20 óbitos a 14 dias por milhão
de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC)
e que constitui uma das referências determinadas pelo Governo para o
país passar para um nível sem restrições de controlo da pandemia.A
diretora-geral da Saúde ressalvou que já está a haver uma "tendência
ligeiramente decrescente” da mortalidade, mas, ressalvou, “vamos ver se
mantém ou não”. Perante esta situação
epidemiológica, Graça Freitas recomendou a adoção de “medidas de
proteção individual”, nomeadamente a vacinação com a dose de reforço
para quem está elegível, o uso da máscara obrigatória em espaços
fechados, a lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, e a recomendação
de fazer um teste à covid-19 antes de ir para um convívio.Recomendou
também o arejamento em espaços fechados e que “por cautela” as pessoas
devem manter a distância física com pessoas com as quais não convivam
habitualmente.Todas estas medidas,
adiantou, são importantes também para evitar outras infeções
respiratórias, como a gripe e outros vírus respiratórios que também
estão em circulação.“A pandemia não acabou
a nível global e em Portugal também não e não sabemos como vão ser os
próximos meses e, portanto, toda a proteção que conseguirmos construir
será boa proteção para o futuro”, declarou."Apelo
para a participação de todos os cidadãos no sentido da sua proteção e
dos outros, principalmente dos mais vulneráveis que são os mais velhos,
mais doentes e pessoas que estão em instituições”, insistiu Graça
Freitas. Quanto aos doentes com covid-19, a diretora-geral da Saúde disse que devem manter-se isolados.Sublinhou
ainda que o Serviço Nacional de Saúde tem “grande capacidade neste
momento para acomodar uma procura de doentes com covid-19” em
internamento em enfermaria e cuidados intensivos, independentemente de
esta doença ser a causa principal de internamento ou ser uma causa
secundária.Ainda sobre a situação
epidemiológica da covid-19, Graça Freitas adiantou que a linhagem B.A2
da variante Ómicron do SARS-CoV-2 é a dominante em Portugal (98%dos
casos), mas advertiu que estão a ser identificadas outras mutações na
variante Ómicron que podem ou não levar a linhagens diferentes da BA.2“Há
sempre a possibilidade de emergir em alguma parte do globo uma ou outra
variante. Portanto, atendendo à situação epidémica que ainda vivemos,
vamos continuar obviamente a vigilância epidemiológica da Covid-19 e
recomendar a manutenção de medidas de proteção individual”, salientou
Graça Freitas.