Autor: Lusa/AO Online
A estação descreveu esta ação, com mísseis terra-terra e desencadeada na madrugada de quarta-feira, como uma operação de vingança na sequência da morte do general iraniano Qassem Soleimani.
As forças militares dos Estados Unidos não comentaram no imediato esta informação.
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, capital do Iraque, ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
Na noite de hoje, a Casa Branca referiu que Donald Trump foi informado dos ataques contra instalações norte-americanas no Iraque e segue a situação “de perto”.
Na sequência do ataque, os Guardas da Revolução iraniana avisaram os Estados Unidos da América e aliados regionais contra qualquer retaliação, através de uma declaração divulgada pela agência oficial iraniana IRNA.
“Advertimos todos os aliados dos americanos, que disponibilizaram as suas bases a este exército terrorista, que será atacado qualquer território que constitua um ponto de partida de atos agressivos contra o Irão”, referiram os Guardas da Revolução. Israel também foi ameaçado.
A base aérea de Ain Assad está situada na zona ocidental da província de Anbar. Foi a primeira base utilizada pelos forças militares norte-americanas após a invasão do Iraque em 2003 destinada a derrubar Saddam Hussein. As forças dos EUA permaneceram estacionadas no local quando foi desencadeado o combate no Iraque e na Síria contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).
A
televisão estatal iraniana referiu que esta operação militar foi
designada “Mártir Soleimani”. Indicou ainda que a divisão aeroespacial
dos Guardas da Revolução, que controla o programa de mísseis iranianos,
desencadeou o ataque. O Irão referiu que vai disponibilizar
posteriormente mais informações.