Dez escolas TEIP vão participar em projeto-piloto para dar mais voz aos alunos
7 de jan. de 2025, 12:45
— Lusa/AO Online
A iniciativa divulgada
resulta de um protocolo de colaboração entre a Direção-Geral da Educação
(DGE) e a UNICEF Portugal, que fica responsável por acompanhar a
implementação da abordagem educativo do Programa de Educação pelos
Direitos e Crianças.O objetivo, explica a
UNICEF Portugal em comunicado, é “promover a participação democrática
dos alunos na vida escolar, dando voz às crianças e jovens como
protagonistas das decisões”.Dessa forma,
pretende-se desenvolver competências sociais e emocionais que contribuam
para o sucesso dos alunos além da escola, como o pensamento crítico, a
comunicação, a liderança e resolução de conflitos, e o trabalho em
equipa.A abordagem educativa da UNICEF
procura potenciar ambientes de aprendizagem que assegurem a proteção e
desenvolvimento integral das crianças nas comunidades, e fá-lo ao
reconhecê-las como “sujeitos de direitos” e ao valorizar a sua
participação ativa na sociedade.Começando
pela sua participação ativa na vida escolar, as escolas deverão
consolidar práticas inclusivas e que essa participação, reforçando o
sentimento de pertença à escola.“O direito
à participação é de todas as crianças, mas sabemos que é
particularmente importante para crianças em situação de maior
vulnerabilidade, porque permite desenvolver um conjunto de competências
para a vida”, sublinhou a diretora de Programas e Políticas de Infância
na UNICEF Portugal.Em declarações à Lusa,
Francisca Magano explicou que nas escolas envolvidas será possível
testar e avaliar diferentes práticas e dinâmicas que promovam
oportunidades de participação.Um exemplo,
implementado numa escola que já trabalha com a abordagem educativa da
organização, é a implementação de inquéritos aos alunos que permitiram
identificar necessidades e, depois, trabalhar em conjunto para
desenvolver projetos que respondam a essas necessidades.Noutra
escola, de primeiro ciclo, foi criada uma Assembleia de Alunos em que
as próprias crianças definiram e distribuíram pelouros, desenvolvendo
“competências de liderança, responsabilidade, trocam ideias e aprendem a
ouvir o outro”, sublinhou a responsável.Ao
longo de três anos, o projeto será implementado em 10 das mais de uma
centena de escolas TEIP de quarta geração, identificadas pela DGE.