Dez ciclistas da W52-FC Porto constituídos arguidos
27 de abr. de 2022, 11:28
— Lusa/AO Online
Segundo a mesma fonte, todos os sete ciclistas
que estavam, na altura das buscas, hospedados num hotel em Trancoso, no
distrito da Guarda, no domingo, para participar no Grande Prémio O Jogo
foram constituídos arguidos, juntamente com outros três.Os
10 corredores foram submetidos nesse dia a controlos antidoping, sem
que os resultados ainda sejam conhecidos, acrescentou a mesma fonte.Depois
de detido e presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de
Instrução Criminal do Porto, Nuno Ribeiro ficou com as medidas de coação
de proibição do exercício de funções como diretor desportivo, sujeito a
apresentações semanais às autoridades policiais e impedido de contactar
outros arguidos no processo.Também José
Rodrigues, diretor desportivo da equipa sub-23 Fortunna-Maia e adjunto
de Nuno Ribeiro na formação ‘azul e branca’, também detido pela Polícia
Judiciária (PJ), ficou sujeito às mesmas medidas de coação.A
investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal
(DIAP) do Porto, indicou a mesma fonte judicial à Lusa, sublinhando que o
processo teve origem numa denúncia de um inspetor-chefe da PJ, elemento
da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).O
antigo ciclista Nuno Ribeiro, vencedor da Volta a Portugal em 2003 e
desapossado do triunfo de 2009 por doping, e José Rodrigues, foram
detidos, no domingo, no âmbito da operação da PJ designada ‘Prova
Limpa’, para a deteção de métodos proibidos e substâncias ilícitas em
provas de ciclismo.Após as diligências, a
PJ informou, em comunicado, que “foram efetuadas duas detenções e
realizadas várias dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em
diversas regiões do território nacional, visando dirigentes, atletas e
instalações de uma das equipas em competição”, tendo sido “apreendidas
diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos
atletas e com impacto no seu rendimento desportivo”.Nesse mesmo dia, a W52-FC Porto falhou a partida para a terceira etapa do Grande Prémio O Jogo.“A
operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos
provenientes da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do
Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de
Investigação Criminal de Braga, Guarda e Vila Real e Guarda, contou
ainda com a colaboração da ADoP”, detalhou a PJ.