Desemprego registado baixa 8,3% para "2.º valor mais baixo de sempre" em fevereiro
20 de mar. de 2023, 12:48
— Lusa/AO Online
Em
cadeia, entre janeiro e dezembro, registou-se uma descida de 6.442
pessoas, representando um decréscimo de 2,0%, refere a tutela com base
em números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).Segundo
acrescenta, o desemprego jovem registado “foi igualmente o segundo
valor mais baixo, nesse mês, desde que há registo, com uma diminuição de
-4,5% (-1.660 jovens) face a fevereiro de 2022 e uma descida em cadeia
de -1,5%”. “Em fevereiro havia 34.854
jovens em situação de desemprego e a percentagem do desemprego jovem
face à do desemprego total foi de 11%”, detalha.Segundo
o IEFP, o total de 315.645 desempregados registados em fevereiro nos
serviços de emprego do continente e regiões autónomas representa 66,3%
de um total de 475.944 pedidos de emprego.Em
fevereiro, 120.873 desempregados (38,3% do total) estavam nesta
situação há mais de um ano (desemprego de longa duração), menos 2,4% do
que em janeiro (-2.991 pessoas) e 28,5% abaixo de fevereiro de 2022
(-48.150 pessoas).Já os inscritos há menos
de um ano totalizavam 194.772 (61,7% do total), tendo-se observado um
recuo em cadeia de 1,7% (-3.450) e uma subida homóloga de 11,1%
(+19.531).Em fevereiro, os subsetores que
mais contribuíram para a diminuição do desemprego, face a janeiro, foram
o “alojamento, restauração e similares” (-5,4%) e as “atividades
financeiras e seguros” (-4,8%).Ao longo de
fevereiro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 41.952
desempregados, um número superior ao observado no mesmo mês de 2022
(+5.150 +14,0%) e inferior em relação a janeiro (-13.889; -24,9%).De
acordo com o instituto, “para a diminuição do desemprego registado,
face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram “com
destaque” os grupos com idade igual ou superior a 25 anos (-26.959), os
que procuram novo emprego (-26.320) e os inscritos há 12 meses ou mais
(-48.150)”.A nível regional, no mês de
fevereiro, o desemprego registado no país diminuiu, em termos homólogos,
em todas as regiões com exceção do Alentejo (+7,3%), destacando-se as
regiões autónomas da Madeira (-32,1%), dos Açores (-12,4%), do Algarve
(-10,7%) e de Lisboa e Vale do Tejo (-10,2%)Já
em relação ao mês anterior, todas as regiões apresentaram decréscimos
no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (-9,5%).A
nível setorial, registaram-se descidas homólogas do desemprego em todas
as atividades económicas, com exceção do setor "agrícola" e da
"fabricação de outros produtos minerais não metálicos". As variações
mais significativas verificaram-se, por ordem decrescente, nas "outras
atividades de serviços" (-17,3%), "indústria do couro e dos produtos do
couro" (-15,7%) e "atividades financeiras e de seguros"(-14,8%).Os
grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados
no continente eram em fevereiro os “trabalhadores não qualificados”
(27,1%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e
vendedores” (20,9%), “pessoal administrativo” (11,7%) e “especialistas
das atividades intelectuais e científicas” (10,0%).Quanto
às ofertas de emprego por satisfazer, no final de fevereiro totalizavam
13.937 nos serviços de emprego de todo o país, número que corresponde a
uma diminuição anual (-3.894; -22,5%) e a um aumento face ao mês
anterior (+1.073; +8,7%) das ofertas em ficheiro.Já
as ofertas de emprego recebidas em fevereiro totalizaram 9.979 em todo o
país, um número inferior em 1.263 às recebidas no mês homólogo (-11,2%)
e em 994 às do mês anterior (-9,1%).As
atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego
recebidas ao longo deste mês (sendo que neste caso o IEFP considera
apenas os dados relativos ao continente) foram as “atividades
imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (20,6%), o
"alojamento, restauração e similares" (13,8%) e o "comércio por grosso e
a retalho" (11,4%).As colocações
realizadas durante o mês de fevereiro totalizaram 6.539 em todo o país,
um número superior ao verificado em igual período de 2022 (+46; +0,7%) e
inferior ao mês anterior (-986; -13,1%).A
análise das colocações efetuadas, por grupos de profissões (dados do
continente), mostra uma maior concentração nos “trabalhadores não
qualificados” (28,6%), nos "trabalhadores dos serviços pessoais, de
proteção e segurança e vendedores" (19,1%) e nos "trabalhadores
qualificados da indústria, construção e artífices" (11,8%).