Desemprego deve ser combatido pelos privados e não pelo setor público
19 de nov. de 2019, 10:43
— Lusa/AO Online
Falando
após um encontro com a direção da Câmara do Comércio e Indústria de
Ponta Delgada, nesta cidade da ilha de São Miguel, no âmbito da
auscultação de parceiros sociais sobre o Plano e Orçamento para 2020,
Luís Maurício referiu que “para gerar riqueza na economia deve ajudar-se
as empresas a criarem postos de trabalho, nomeadamente emprego jovem”.O
parlamentar referiu, com base em “dados recentes”, que os Açores
perderam nos últimos cinco anos 4.500 habitantes e, “certamente, muitos
foram jovens que procuraram na emigração uma alternativa de vida que não
encontraram na região”.Para o deputado
social-democrata, apesar de a taxa de desemprego jovem “ter melhorado",
esta "representa ainda o valor muito elevado de 24%”, sendo que o
combate a esta situação “já não se faz com a administração pública, que
não tem capacidade de resposta para os mais novos”, mas, sim, por via da
iniciativa privada, dotando-a de apoios.Luís
Maurício declarou que no âmbito do pacote de propostas que o partido
vai apresentar na apreciação do Plano e Orçamento para 2020, no
parlamento regional inclui-se a reposição do diferencial fiscal sobre o
IRC dos 20% para os 30%, "ajudando-se, assim, as empresas a gerar
emprego por via da diminuição fiscal”.“Essa
é uma condição para que as empresas possam criar mais emprego”, disse
Luís Maurício, que apontou ser esta uma medida já defendida pela
plataforma Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, Associação
Agrícola da Ilha de São Miguel e UGT/Açores.O
líder da bancada social-democrata na Assembleia Legislativa dos Açores
referiu que, em 2020, o Governo Regional, liderado pelo socialista Vasco
Cordeiro, vai cobrar 740 milhões de euros de impostos e, “parte desta
receita, deve ser devolvida às empresas e famílias para se gerar
emprego”.No âmbito do pacote fiscal
proposto pelo PSD consta ainda a reposição da taxa normal do IVA para os
16% - atualmente é 18% -, visando “potenciar o poder de compra das
famílias”.