13 de set. de 2022, 16:25
— Susete Rodrigues/AO Online
“(DES)Alma”
apresenta 12 obras de grandes dimensões onde o artista utilizou
“pigmentos minerais naturais da região de Ouro Preto, no Brasil,
constituídos por matizes de azul, verde-água e diferentes tons de
ocres e cinzentos”, indica nota de imprensa.
Da série, “Alma,
Carne e Ossos”, que passou pelo Porto, Lisboa e Cidade do México,
esta mostra “leva-nos a fazer uma reflexão promovida pelo
isolamento e pelo distanciamento.”
Segundo Hilda Frias,
curadora da exposição em Lisboa, “o cordial e amigável dos
primeiros tempos de isolamento, povoado de mensagens e telefonemas
deu lugar a um egocentrismo sem igual, sem compreensão nem
discernimento. Não nos olhamos nos olhos, não nos beijamos, não
nos tocamos e esse distanciamento, essa separação deixa-nos
melancólicos e vazios. Melancolia nos olhares, alma que sente, carne
que se dá, ossos que ficam e que doem por já não haver mais nada”.
“(DES)Alma” já
esteve patente em Lisboa e em Salvador da Bahia.
Carlos Mota nasceu
em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, formou-se em Arquitetura de
Interiores no CAD – Centre des Arts Décoratifs de École des Arts
D’lxelle, na Bélgica.
De 1994 a 1998 foi
aluno de pintura de Toma Roata e de desenho de Jacques Richard.
Vive e trabalha em
Lisboa e desde 1993 realiza exposições individuais e coletivas,
nacionais e internacionais.