Deputados do PSD e PS eleitos pelos Açores contra mudanças no subsídio de mobilidade
Hoje 17:23
— Lusa/AO Online
O
deputado Paulo Moniz (PSD) considerou “arbitrária e inadequada” a
mudança no critério de elegibilidade para o Subsídio Social de
Mobilidade (SSM), prometendo “indagar o Governo da República” sobre a
medida.“O pagamento do SSM não deve
depender da regularidade da situação contributiva e tributária do
beneficiário, devendo haver uma presunção de igualdade pelo Estado, que é
pessoa de bem, sobre os cidadãos nos Açores que têm direito àquele
subsídio”, afirmou o social-democrata em comunicado.Paulo
Moniz elogiou a criação de uma plataforma digital para o processamento
do subsídio, mas mostrou discordância face ao teto máximo de 600 euros
imposto nas viagens entre Açores e continente (ida e volta) e avisou que
a exigência da regularização da situação fiscal pode implicar uma
“disparidade de princípios consagrados”.Também
o deputado do PS eleito pelos Açores, Francisco César, requereu a
audição do secretário de Estado das Infraestruturas no parlamento para
“esclarecer a alteração proposta ao regime” do SSM.“O
direito à mobilidade não pode ficar dependente da situação fiscal ou
contributiva de quem já enfrenta maiores dificuldades económicas”,
vincou o socialista em comunicado, pedindo ao Governo da República para
“explicar os fundamentos da proposta”.Francisco
César, que também é presidente do PS/Açores, lembrou tratar-se de um
“apoio criado para compensar os custos acrescidos da insularidade” e
“não de um benefício assistencial sujeito a critérios punitivos”,
avisando que as alterações “podem afastar do SSM precisamente quem mais
dele precisa”.