Deputados chumbam pedidos de audição de Costa, Escária e Francisco André
Operação influencer
5 de fev. de 2025, 11:29
— Lusa/AO Online
A
IL pretendia ouvir, à porta fechada, o atual presidente do Conselho
Europeu e dois dos seus antigos chefes de gabinete enquanto chefe do
Governo português a propósito da apreensão, no processo Operação
Influencer, de uma ‘pen-drive’ no gabinete de trabalho de Vítor Escária
com uma lista de agentes dos serviços de informações.Os
liberais queriam ainda ouvir, também à porta fechada, Adélio Neiva da
Cruz, diretor dos Serviços de Informações e Segurança (SIS), José Pedro
Martinho da Costa, diretor dos Serviços de Informações Estratégicas de
Defesa, Luís Neves, diretor da Polícia Judiciária e Helena Borges,
diretora-geral da Autoridade Tributária.Também
o Chega apresentou um requerimento para a audição urgente do
secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa
(SIRP) Vítor Sereno e, como os liberais, o diretor da PJ Luís Neves.Todos
os requerimentos, votados na Comissão de Assuntos Constitucionais,
Direitos, Liberdades e Garantias, foram chumbados com os votos contra
de PSD, PS, BE, PCP e Livre, e votos favoráveis de Chega e Iniciativa
Liberal.O requerimento da IL sublinhava a
necessidade de ouvir no parlamento os esclarecimentos dos envolvidos
neste caso perante o que dizem ser mais “um infeliz exemplo da falta de
existência de uma cultura de segurança transversal no Estado” e uma
“falta de segurança da informação e inaceitável falta de segurança dos
funcionários visados".O Chega pretendia
saber os motivos para a existência da ‘pen-drive’ com dados dos agentes
dos serviços de informações, e também o conhecimento das chefias dos
serviços de informação e da PJ sobre os dados que nela constam e a
existência de “indícios de espionagem política por parte do Governo à
data”.Os partidos que se opuseram às
iniciativas alegaram uma violação de segredo de justiça para rejeitarem
estes pedidos de audição, considerando que estas audições seriam
intromissões na investigação em curso que excedem as competências da
Assembleia da República.