Deputado independente alerta para “excesso de confiança” de Governo açoriano para 2022
5 de nov. de 2021, 18:42
— Lusa/AO Online
“Há um excesso de
confiança sobre o que poderá ser o ano de 2022. Não partilho dessa
confiança toda ou desse otimismo todo que o Governo está a ter. Acho que
o ano 2022 será um ano de algumas surpresas negativas”, afirmou Furtado
à agência Lusa, a propósito das audições a membros do
Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM sobre as propostas de
Plano e Orçamento.O parlamentar não
inscrito, que foi eleito pelo Chega nas eleições regionais de 2020 mas,
em julho, perdeu a confiança política do líder nacional do partido,
considerou que o contexto internacional pode provocar uma “tempestade
perfeita” em 2022, exemplificando com o aumento dos preços dos
combustíveis e das matérias-primas.“Os
nossos governantes não estão a olhar para isso com a devida atenção.
Espero que exista um plano B para que, no caso de não se confirmarem os
cenários otimistas que se estão a prever, haja, atempadamente, uma forma
de colmatar esse otimismo”, afirmou.Sobre
o seu sentido de voto no Plano e Orçamento da região para 2022, o
deputado disse tratar-se de uma “matéria que ainda requer algum estudo
para definir uma posição”.“Não tive acesso
a nenhuma anteproposta de Orçamento da região. Tive do Plano, mas não
tive do Orçamento, o que também dificulta bastante o trabalho”, afirmou.Carlos
Furtado criticou a concentração das audiências aos membros do executivo
em dois dias, considerando “muito mau” que algumas das comissões tenham
decorrido ao mesmo tempo.“Existiram
coisas que correram mal neste processo. O facto de ter sido empurrado
muito tempo para a frente e restaram dois dias para fazer as audições.
E, com duas audições ao mesmo tempo, ou estou numa ou estou noutra
[comissão]. Isso não se deve repetir”, afirmou.