Deputado do PPM/Açores acusa parlamentar da IL de ser o “escorpião”
8 de mar. de 2023, 16:23
— Lusa/AO Online
Paulo
Estevão reagia no parlamento dos Açores à decisão do deputado da
Iniciativa Liberal (IL) de romper com o acordo de incidência
parlamentar feito com os sociais-democratas para apoio ao Governo
Regional de coligação, que junta PSD, CDS-PP e o PPM.
O deputado do PPM responsabilizou Nuno Barata de estar com “declarações
bombásticas”, bem como de ser uma “fonte de instabilidade permanente”,
tal como no passado, em que “abandonou o partido em que estava integrado
(CDS-PP) para criar instabilidade”.“O número que aqui fez era o que todos esperavam, era uma questão de tempo”, apontou o deputado do PPM/Açores.Pedro
Neves (PAN) considerou, por seu turno, que “há politiquice dentro do
governo quando não deveria haver”, sendo para o seu partido
“extremamente grave” a saída do secretário regional da Saúde e Desporto,
que “tinha feito trabalho bastante importante”. O
líder do grupo parlamentar do PSD/Açores, Bruto da Costa, declarou que
“em momento algum, o PSD, abdicou dos seus princípios fundamentais”,
tendo sempre como meta “prosseguir a governação nesta legislatura”.“Há princípios que vão para além da discussão política, e nestes nós não cedemos”, salvaguardou. O
centrista Rui Martins referiu que a estabilidade governativa “é uma
responsabilidade de todos e não apenas dos partidos da coligação”. “Quem
causa instabilidade é que vem para aqui, dia sim dia não, fazer ameaças
veladas, e orçamento sim e orçamento a fazer chantagem”, afirmou.O
deputado do BE/Açores António Lima sublinhou que “os açorianos julgarão
a forma como este Governo está a governar e todos estes últimos
acontecimentos”.Lima acusou o líder do
governo de estar a “lutar pela sua sobrevivência política, mais do que
estar a lutar pelos açorianos”, tendo desafio o secretário regional das
Finanças, Duarte Freitas, que assume também os assuntos parlamentares, a
questionar o parlamento sobre se o executivo açoriano “tem condições
para continuar a governar”.Os três
partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26
deputados na assembleia legislativa e contam agora apenas com o apoio
parlamentar do deputado do Chega, somando assim 27 lugares.Antes,
com o apoio parlamentar do deputado independente e do eleito da
Iniciativa Liberal somavam 29 mandatos, o que permitia ao executivo
governar com maioria absoluta.