Deputado do PPM abandona trabalhos parlamentares em sinal de protesto
28 de nov. de 2018, 10:04
— Lusa/AO Online
Em
causa, a afirmação feita pelo líder da bancada socialista, André
Bradford, de que o tempo distribuído para cada intervenção resultava do
peso eleitoral que cada partido e cada deputado tinham assegurado nas
últimas eleições legislativas regionais."Embora
a nossa legitimidade seja equiparada, somos todos deputados eleitos
pelos açorianos, mas os nossos partidos não tiveram todos a mesma
percentagem de votos", recordou o líder parlamentar socialista, em
resposta às críticas de Paulo Estêvão, de que teria pouco tempo para
intervir no debate das propostas de Plano e Orçamento do Governo para
2019.O
parlamentar monárquico, eleito pela mais pequena ilha dos Açores,
entendeu que a referência de André Bradford à percentagem de votos e à
representatividade dos deputados colocava em causa a legitimidade da sua
presença em plenário e decidiu, por isso, abandonar a sala."O
seu comportamento é indecente! Eu vou abandonar o parlamento neste
momento, em protesto pela forma como o senhor se comportou, colocando em
causa a legitimidade dos deputados das ilhas mais pequenas", apontou
Paulo Estêvão, que juntou os documentos da sua secretária e o computador
portátil e saiu do plenário.De
acordo com os tempos de debate distribuídos pelos seis partidos com
assento parlamentar (PS, PSD, CDS, BE, PCP e PPM), em torno das
propostas de Plano e Orçamento do Governo para 2019, que vai decorrer
durante três dias, o deputado monárquico tem direito a apenas 15 minutos
para intervir.André
Bradford entende que isso não constitui um problema e lembrou que,
apesar de a bancada socialista ter maioria absoluta no parlamento dos
Açores, tem menos tempo para debate do que os cinco partidos da oposição
juntos.