Deputado do Chega no parlamento dos Açores quer "garantir estabilidade política"
21 de nov. de 2022, 15:31
— Lusa/AO Online
“Daqui
para a frente temos de ter uma palavra de esperança. Estamos aqui para
garantir a estabilidade através de um compromisso, para que o futuro
seja melhor”, afirmou José Pacheco.O
parlamentar falava na intervenção de abertura do debate sobre o Plano e
Orçamento regionais para 2023, no plenário que hoje começou na
Assembleia Legislativa, na cidade da Horta, ilha do Faial.“Fazendo, errando, refazendo, mas tentando. Isto é que é o plano para os próximos tempos”, observou.Pacheco defendeu ainda a necessidade de se “gerir as verbas” disponíveis por uma “boa gestão do dinheiro público”. “Ouvi
grandes críticas ao endividamento zero. Na nossa lógica, temos de
travar o endividamento. É isto que os açorianos têm de perceber – tem de
haver uma boa gestão dos dinheiros públicos”, indicou. O parlamentar observou também que “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. “Não
esperem que isto se faça de um dia para o outro. Não está o Chega
satisfeito com tudo neste orçamento, mas o caminho faz-se caminhando”,
afirmou o deputado. José Pacheco disse
ainda que “há coisas” que o partido vê “com agrado”, nomeadamente nas
áreas sociais, notando “o passo que o governo deu numa altura difícil e
que vai ficar mais difícil”.Referindo-se
às creches gratuitas para todos os escalões de rendimentos, uma medida
prevista no orçamento regional para 2023, o deputado do Chega diz que o
que o preocupa “é a prioridade [de acesso] nas creches gratuitas”. O
Orçamento dos Açores para 2023, de cerca de 1,9 mil milhões de euros,
começou hoje a ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa
Regional, onde a votação final global deve acontecer na quinta ou na
sexta-feira.A Assembleia Legislativa dos
Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do
PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa
Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo
Chega). PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação. A
coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega
e com o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) e o PSD um
acordo com a IL.