Deputada do PSD vai presidir a comissão de inquérito aos avales dados pelo anterior Governo dos Açores
6 de jul. de 2022, 11:39
— Lusa/AO Online
“Nós
marcámos para início de setembro a aprovação do regulamento interno da
comissão, como também todos os quesitos e questionários dos partidos
políticos a serem discutidos, que é um procedimento normal neste tipo de
comissões”, explicou a deputada do PSD, em declarações aos jornalistas,
no final da reunião, realizada na Horta.Sabrina
Furtado adiantou que, depois disso, a comissão, criada com caráter
potestativo por iniciativa da bancada do PSD na Assembleia Legislativa
dos Açores, irá definir quais as diligências e audições a realizar no
âmbito destes trabalhos.“Marcámos para
setembro porque, neste momento, com outras comissões a decorrer até ao
final de julho, e com trabalhos a finalizar nesta sessão legislativa, já
ficava extremamente apertado conseguirmos marcar reuniões, mas
sobretudo é preciso dar algum tempo aos partidos políticos para
prepararem as suas diligências”, justificou.Esta
comissão de inquérito pretende investigar a atuação dos anteriores
governos socialistas, em matéria de concessão de avales, nomeadamente a
empresas privadas, na sequência da divulgação de um relatório do
Tribunal de Contas, segundo o qual a região terá concedido em 2010 um
aval a um empresário que pretendia construir uma unidade hoteleira na
ilha Terceira, numa altura em que Vasco Cordeiro, ex-presidente do
executivo açoriano, desempenhava as funções de secretário regional da
Economia.“Pretendemos perceber,
cabalmente, que avales e em que condições foram concedidos a empresas
privadas, durante os últimos governos, alguns dos quais ainda estão em
vigor, e principalmente perceber se a concessão desses avales, alguns
dos quais foram ocultados do Tribunal de Contas, defraudaram as contas
públicas regionais”, justificou Sabrina Furtado.A
comissão de inquérito à concessão de avales é composta por 13
deputados: cinco do PS, quatro do PSD, um do CDS, um do Bloco de
Esquerda, um do Chega e um do PPM, e tem o prazo inicial de seis meses
para apresentar um relatório final ao parlamento dos Açores.A
Mesa da comissão de inquérito integra ainda, além de Sabrina Furtado
(presidente), as deputadas Guilhermina Silva (relatora), eleita pelo
PSD, e Sandra Dias Faria (secretária), eleita pelo PS.