Autor: Lusa/AO Online
De acordo com a DECO, as campanhas de informação foram "tardias e pouco claras com resultados muito aquém do desejável", não motivando os portugueses a mudar para a Televisão Digital Terrestre (TDT).
A associação alerta em comunicado que "não é obrigatório aderir a uma assinatura de televisão", destacando que para as "famílias sem televisão por subscrição, a mudança para a TDT não traz vantagens no imediato", já que ficarão apenas com os quatro canais livres, ao contrário do que sucedeu por exemplo com Espanha.
“As dúvidas sobre a cobertura [terrestre ou via satélite] subsistem nalgumas zonas”, refere a DECO, adiantando que a empresa responsável por implementar a TDT, a Portugal Telecom (PT), aconselha os consumidores dessas zonas “a pagar do seu bolso a técnicos para verificarem a cobertura”, o que a associação de defesa considera “inadmissível”.
A associação alertou também o “regulador ICP – ANACOM para o que considera ser a violação do princípio de equidade entre a receção terrestre e por satélite”.
“A última tem custos superiores e prejudica, sobretudo, os consumidores nos pequenos meios habitacionais, mais isolados da informação e com menos recursos financeiros”.
“A DECO apela à ANACOM para estudar formas de ultrapassar os constrangimentos de acesso a equipamentos e de indefinição da qualidade da cobertura de sinal. A associação exige que a PT disponibilize gratuitamente equipas técnicas para informar no terreno”, aconselha a associação de defesa do consumidor.
No comunicado, a DECO recomenda ainda a participação à associação, caso a PT “aconselhe a pagar a técnicos para verificar a cobertura de sinal”.