Deco avança com 22 propostas na habitação para dar resposta a subida de pedidos de apoio

22 de jul. de 2024, 17:56 — Lusa/AO Online

Estas propostas constam de um pacote de 22 medidas para os consumidores no âmbito da habitação, delineado pela Deco na sequência da subida do número de pedidos de apoio e de esclarecimento relacionados quer com o crédito e a subida das prestações, quer com vários problemas relacionados com o arrendamento.Entre os pedidos de apoio que chegam à Deco relacionados com o arrendamento, destacam-se, segundo indica a associação de defesa do consumidor, os casos de consumidores que são informados de aumentos de renda "à revelia do estabelecido pelas normas legais" e sujeitos "a pressão para alterar o contrato com vista à celebração de outros, sucessivos" que, diz, "não passam de verdadeiras renovações contratuais com condições mais precárias". Perante este contexto, a Deco defende a limitação ou mesmo a proibição dos contratos sucessivos visando dar mais estabilidade e travando a proliferação de contratos de duração muito limitada no tempo, sem renovação contratual.Outra das medidas passa pelo alargamento a todos os créditos à habitação da possibilidade de dedução dos juros em sede de IRS, que atualmente está limitada aos celebrados até 31 de dezembro de 2011.Nas 22 medidas defendidas pela Deco constam ainda o reforço do quadro legal do arrendamento acessível, tornando o regime mais apelativo para os senhorios (e, dessa forma, contribuir para aumentar a oferta de casas) ou o prolongamento (para lá de 2024) da medida extraordinária que isenta do pagamento de comissões as amortizações antecipadas dos créditos à habitação.Para a Deco é ainda importante a manutenção do limite à subida das rendas dos novos contratos, ainda que por um período transitório, bem como o esclarecimento do alcance desta norma que consta do Mais Habitação (e que limita a subida das rendas, para casas que estiveram no mercado nos últimos cinco anos a 2%).A Deco defende também a corresponsabilização das plataformas em linha que fazem a 'ponte' entre inquilinos e arrendatários, nos mesmos moldes que os anunciantes ou a criação das comissões locais de habitação que possam identificar necessidades especificas e incentivar a adoção de soluções locais à medida.