Autor: Lusa/AO Online
O pedido de fiscalização da constitucionalidade dos diplomas tinha sido solicitado pelo então primeiro-ministro do PS António Costa, em 2024, no seu último dia em funções no Governo.
No Regime Jurídico do Processo de Delimitação e Desafetação do Domínio Público Hídrico na Região Autónoma dos Açores, o TC declara inconstitucionais as normas que atribuem ao Conselho de Governo dos Açores “a competência para a homologação de propostas de delimitação do domínio público marítimo do Estado no território da Região Autónoma dos Açores” e que tornam essa homologação “vinculativa para todas as autoridades públicas”.
No mesmo diploma, são consideradas inconstitucionais normas que “possibilitam a desafetação, mediante decreto legislativo regional, de qualquer parcela do leito ou da margem do domínio público marítimo”.
O
Tribunal Constitucional considerou, por isso, também inconstitucionais
normas de dois decretos que definiam a desafetação do domínio público
marítimo, por motivos de interesse público, de parcelas de terreno na
ilha de Santa Maria, precisamente por desafetarem parcelas “pertencentes
ao domínio público marítimo”.