Decisão sobre o desporto vai ser anunciada na quinta-feira
Covid-19
29 de abr. de 2020, 16:59
— Lusa/AO Online
"São medidas que estão em
estudo e a ser acompanhadas por um grupo de trabalho onde está integrada
a própria Direção-Geral da Saúde. Não vou antecipar as medidas, dado
que o primeiro-ministro terá oportunidade de o fazer na próxima
quinta-feira", precisou António Lacerda Sales, durante a conferência de
imprensa diária de acompanhamento da pandemia de Covid-19 em Portugal.Segundo
o governante, as decisões terão em conta a necessidade de "estarem
asseguradas as condições de segurança de todos os intervenientes no
processo" de retoma do futebol, após ter sido questionado sobre a retoma
do futebol.Na terça-feira, António Costa
reuniu-se com os presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF),
da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e dos clubes Benfica,
FC Porto e Sporting, na qual ficou assente que a decisão seria tomada
"nos próximos dias" após análise de um grupo de trabalho que junta "FPF,
a Liga e autoridades de saúde".A garantia
foi dada pelo presidente da FPF, Fernando Gomes, que deu conta do
interesse do futebol profissional "em reativar" as competições, cabendo
agora aos especialistas um parecer final, transmitido depois ao
primeiro-ministro, que anunciará a decisão na quinta-feira, quando
revelar ao país "um conjunto de medidas para diminuir o confinamento".Também
o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo,
explicou, após uma reunião em que também estiveram presentes o ministro
da Economia, Pedro Siza Vieira, e António Lacerda Sales, que após o
Conselho de Ministros de quinta-feira serão dadas informações mais
concretas sobre "uma série de medidas do levantamento de restrições no
país", em que "o desporto não podia ser deixado para trás"."A
primeira preocupação é a saúde pública, mas o Governo também compreende
que nesta modalidade em particular há um impacto económico muito
relevante para a indústria. Se não podemos deixar colapsar a indústria
de uma forma geral, a indústria do futebol também não deve ficar à
margem desta preocupação para que não haja esse colapso", disse o
secretário de Estado.