Decapitação de docente em França deixa comunidade em choque
17 de out. de 2020, 11:55
— AO Online/ Lusa
“É horrível”, “é uma loucura”, “estou confuso” e “temos medo” foram algumas das reações de moradores, pais e encarregados de educação dos alunos deste colégio, depois do homicídio de um professor de História, dá conta a France-Presse (AFP).O suspeito decapitou a vítima e terá gritado "Allah 'Akbar” quando foi baleado pela polícia. O alegado autor do ataque acabou por morrer.Apesar de ainda não serem conhecidas as motivações para este homicídio, as autoridades estão a considerar a hipótese de um ataque terrorista com motivações religiosas, pelas palavras que o suspeito gritou e porque, entretanto, se soube que a vítima terá exibido caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão.“Nada acontece aqui”, disse, surpreso, Mohand Amara, um morador de 45 anos.O Presidente francês, Emmanuel Macron, já reagiu ao ataque, classificando-o como um “característico ataque terrorista islâmico”.Contudo, Macron disse que “o obscurantismo não vencerá”.“Um dos nossos compatriotas foi morto hoje porque ensinou (…) a liberdade para acreditar e não acreditar”, acrescentou Macron, desta vez citado pela Associated Press (AP).De acordo com uma fonte da investigação a este homicídio, a polícia também está interessada numa fotografia na rede social Twitter, através de um utilizador que, entretanto, encerrou a conta, da cabeça decapitada da vítima.As autoridades estão a tentar perceber se esta fotografia foi publicada pelo alegado autor do homicídio ou por outra pessoa.A AFP dá conta de que a fotografia acompanhava uma mensagem dirigida ao Presidente francês, Emmanuel Macron, apelidado de “o líder dos infiéis”.“Executei um dos cães infernais que ousou menosprezar Muhammad [o profeta Maomé]”, explicitaria esta mensagem.O homicídio ocorreu cerca das 17:00 locais (16:00 em Lisboa).