Data das eleições "garante equidade entre forças políticas"

OE/Crise

5 de nov. de 2021, 12:51 — Lusa/AO Online

“Creio que a data de 30 de janeiro [de 2022] conseguiu, de forma inteligente e assertiva, ser esta quadratura do círculo: por um lado, respeitar o interesse nacional da urgência de estabilidade governativa para um novo ciclo e, por outro, o tempo necessário para adequação do respeito de equidade de oportunidades para as forças políticas”, afirmou José Manuel Bolieiro, referindo-se ao dia de realização de eleições legislativas nacionais, na sequência da dissolução da Assembleia da República após o chumbo do Orçamento do Estado.O presidente do Governo Regional (de coligação PSD/CDS-PP/PPM), que falava aos jornalistas na sede da presidência em Ponta Delgada, revelou que, enquanto conselheiro de Estado, deu “parecer favorável à dissolução da Assembleia da República, devolvendo a palavra e a decisão ao povo”, perante um “impasse de gravidade intransponível”.O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na quinta-feira a dissolução do parlamento, na sequência do chumbo do Orçamento para 2022, e a realização de eleições legislativas antecipadas a 30 de janeiro.Hoje, Bolieiro observou que, “sob o ponto vista estratégico, o ideal é a estabilidade dos mandatos e o cumprimento de mandatos de quatro anos por parte dos órgãos políticos”.“Mas, perante o impasse, de gravidade intransponível, era a adequada solução a dissolução da Assembleia da República”, observou, referindo-se ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022 apresentado pelo executivo socialista.Para o social-democrata, a decisão do chefe de Estado foi “não só a esperada, como também a mais adequada”.Quanto à data escolhida, o chefe de governo açoriano considerou conseguir um balanço entre a “defesa do interesse nacional” e a “adequação do prazo por exigência do interesse democrático”, para “dar oportunidade às forças políticas de terem igualdade de oportunidades”.Bolieiro falava aos jornalistas após ter recebido, em audiência, dirigentes da FNAJ - Federação Nacional das Associações Juvenis.“Foi um gosto conhecer e reconhecer a atitude dos dirigentes da FNAJ em entender o país inteiro, com a sua presença física também nos Açores e respeitando esta ideia de autonomia política e democrática que o país vive”, observou.“Isto é um bom sinal – de que há uma boa compreensão quanto à integralidade nacional”, frisou.Para Bolieiro, é importante “reconhecer que os jovens são essenciais nas políticas públicas de uma governação que procura o sucesso”.“O futuro constrói-se no presente. Não se pode dispensar os jovens de uma cidadania ativa”, disse.