D.A.M.A., Pedro Mafama, Slow J e Delfins nas Sanjoaninas
9 de mai. de 2024, 11:36
— Lusa/AO Online
“Não podendo ter os grandes
nomes internacionais que todos gostaríamos de ver nas Sanjoaninas […], a
verdade é que eu acho que é um cartaz que responde bem às
características das Sanjoaninas”, afirmou o vice-presidente da Câmara
Municipal de Angra do Heroísmo, Guido Teles, em conferência de imprensa.Pelo
palco principal das festas vão passar os ‘rappers’ Piruka e Slow J, as
bandas D.A.MA. e Delfins, os cantores Pedro Mafama, Mickael Carreira e
Blaya e a antiga banda da cantora britânica Amy Winehouse, que morreu em
2011, com outra vocalista.Atuam ainda grupos locais e os ‘DJs’ nacionais Rusty, Zinco, Kevu, Menasso, Fifty, Quim Remisturas e Dupla Mete Cá Sets.“Estamos
a falar de nove noites de concertos, vários concertos por noite. É um
cartaz que mesmo assim consegue contar com pelo menos um nome
internacional […]. E temos vários dos nomes que estão no topo das
preferências a nível nacional, tentando tocar nos gostos do público
diversificado que marca as Sanjoaninas, com um foco maior nos artistas
que agradam sobretudo à população mais jovens”, salientou Guido Teles.Só
no palco principal das festas, a autarquia investe cerca de 365 mil
euros (mais IVA), um valor semelhante ao de 2023, estimando recuperar
cerca de metade do valor na bilheteira.Os ingressos semanais custam 30 euros e os bilhetes diários 15 euros, valor que se mantém sem alterações há cerca de uma década.Segundo
Guido Teles, o preço baixo dos bilhetes e o facto de o recinto ser
limitado impedem o município de trazer nomes internacionais de grande
dimensão.“É completamente impossível com
bilhetes a este preço fazer face a este investimento que é feito para os
nove dias. São poucos os eventos desta dimensão, com estes nomes, que
praticam preços tão baixos. Fazemos isto porque é uma festa popular, que
queremos que todas as pessoas consigam aproveitar”, salientou.Durante
10 dias, Angra do Heroísmo celebra o São João com cortejos, marchas
populares, música, gastronomia, tauromaquia, desporto e exposições,
entre outras atividades.Há outros três
palcos, de acesso gratuito, na cidade, e outras atividades, que fazem
elevar o investimento da autarquia na organização das festas para cerca
de um milhão de euros.“Parecendo à partida
um investimento elevado, a verdade é que o retorno destas festas é
claramente superior. As Sanjoaninas já estão a um nível tal que nós no
início de cada ano já temos dificuldades para encontrar espaços na ilha
para as pessoas ficarem alojadas. Há um movimento económico que acaba
por beneficiar toda a gente”, justificou o autarca.Segundo
Guido Teles, há uma procura crescente de grupos de fora da ilha que
querem participar nas Sanjonainas, entre marchas, filarmónicas e grupo
de folclore.Na noite de São João, vão
desfilar nas ruas da cidade 38 marchas populares e outras oito,
incluindo quatro infantis, desfilam no dia seguinte.Da
ilha de São Miguel chegam cinco marchas, a que se juntam duas da
Graciosa, uma do Faial, uma de São Jorge, uma do Pico e uma de Tulare,
nos Estados Unidos da América.“Feito este
balanço, claramente as Sanjoaninas, embora envolvam um investimento
grande, são mais do que justificadas, em termos de dinâmica económica
que criam para a ilha e pela projeção que dão à ilha Terceira, porque já
é um pouco difícil no nosso país alguém não ter ouvido falar das
Sanjoaninas”, frisou.As festas Sanjoaninas celebram, este ano, o 50.º aniversário do 25 de abril, tendo como tema "Angra: teu nome é Liberdade!".