Autor: AO Online/ Lusa
Falando na sede do partido, em Lisboa, numa cerimónia que assinalou o 45.º aniversário do CDS-PP, Assunção Cristas destacou que, “de facto, é preciso credibilizar a própria ação política, a própria ação política na gestão da coisa pública e o CDS, por exemplo, desde o início desta legislatura, apresentou um projeto de lei para regulamentar o lóbi”.
Este é um “aspeto importante, que ao CDS toca muito”, assinalou.
“Infelizmente, esteve quase a passar o nosso projeto do lóbi, mas foi chumbado agora na reta final e, portanto, ainda não é desta que nós vamos ter a transparência naquilo que é a ação e a pressão de muitos interesses privados sobre a governação e sobre a legislação”, advogou Assunção Cristas.
A centrista sublinhou também que esta atividade "precisa de ser transparente e clara, porque há interesses privados que podem, e devem, ser defendidos”.
“Mas é importante saber quais são, que cara têm, que nome têm, como é que as coisas aconteceram, até para que não se tome a parte pelo todo e, de repente, não sejam todos contaminados com esta dúvida sobre se afinal há corrupção em todo o lado”, vincou.
Cristas apontou que esta é uma “prioridade que o CDS assume também no seu programa eleitoral”, que conta com a fiscalidade, a saúde ou a liberdade de escolha, por exemplo, como “grandes temas”.
A Assembleia da República chumbou hoje as alterações, devido ao veto do Presidente da República, da chamada lei do lóbi, com os votos contra do PSD, BE, PCP e PEV.
Apenas votaram a favor os dois partidos, PS e CDS, que apresentaram projetos e alterações à lei na tentativa de superar o veto de Marcelo Rebelo de Sousa ao diploma, a que se juntaram a deputada Margarida Balseiro Lopes, líder da JSD, e o deputado não-inscrito Paulo Trigo Pereira.
O deputado do PAN optou pela abstenção.
Relativamente à votação da lei, em junho, o PSD mudou o sentido de voto, da abstenção para o voto contra, pelo que a lei acabará por caducar com o fim formal da legislatura, em outubro.