Autor: Lusa/AO online
"A crescente crise alimentar poderá trazer um futuro sombrio para o desenvolvimento da humanidade nos próximos anos", nomeadamente em África, onde "a falta de alimentos poderá colocar em perigo a capacidade de aprendizagem das crianças pobres", disse o director-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Discursando na Bienal sobre a Educação em África, que decorre desde segunda-feira em Maputo, Matsuura considerou também o HIV/Sida um "fardo complicado" para os sistemas de educação no continente africano.
"Contudo, é através de uma atitude e do conhecimento educacional que se pode restringir esta pandemia", afirmou o director-geral da UNESCO, apelando os líderes políticos a não se esquecerem das suas responsabilidades perante as crianças vulneráveis.
"Uma educação básica de qualidade para todos deve estar no topo das nossas prioridades apesar das carências de cada país. Digo isso não porque a educação seja o direito humano fundamental, mas por ser vital para alcançar outros objectivos de desenvolvimento", acrescentou.
Nos últimos dias, diversos países, principalmente os mais pobres, têm sido afectados pela escalada da crise alimentar e os preços dos bens alimentares praticamente duplicaram, provocando tumultos e manifestações em vários Estados, incluindo africanos.
O desenvolvimento dos bio-combustíveis, as barreiras comerciais, uma procura crescente com origem na Ásia devido a modificações dos hábitos alimentares, colheitas fracas e o aumento do custo do petróleo são apontados como algumas razões da crise alimentar mundial.
As Nações Unidas criaram uma célula de crise composta por 27 agências e organismos da ONU, para delinear um plano contra a crise provocada pelo aumento do preço de produtos alimentares.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) também anunciou a disponibilização adicional de mil milhões de dólares (648 milhões de euros) para enfrentar o problema, sobretudo nos países africanos.
O BAD, que tem programada a próxima assembleia-geral para 12 a 14 de Maio, em Maputo, estima que o défice de alimentos poderá elevar-se a 35,8 milhões de toneladas e que Burkina Faso, Libéria, República Centro Africana, República Democrática do Congo e até o Egipto deverão ser os países mais afectados.
O Governo de Moçambique anunciou segunda-feira a construção de silos, com capacidade de 300 mil toneladas, em zonas de elevado potencial de produção agrícola para garantir a criação de reservas e assim fazer face à crise de alimentos.
Discursando na Bienal sobre a Educação em África, que decorre desde segunda-feira em Maputo, Matsuura considerou também o HIV/Sida um "fardo complicado" para os sistemas de educação no continente africano.
"Contudo, é através de uma atitude e do conhecimento educacional que se pode restringir esta pandemia", afirmou o director-geral da UNESCO, apelando os líderes políticos a não se esquecerem das suas responsabilidades perante as crianças vulneráveis.
"Uma educação básica de qualidade para todos deve estar no topo das nossas prioridades apesar das carências de cada país. Digo isso não porque a educação seja o direito humano fundamental, mas por ser vital para alcançar outros objectivos de desenvolvimento", acrescentou.
Nos últimos dias, diversos países, principalmente os mais pobres, têm sido afectados pela escalada da crise alimentar e os preços dos bens alimentares praticamente duplicaram, provocando tumultos e manifestações em vários Estados, incluindo africanos.
O desenvolvimento dos bio-combustíveis, as barreiras comerciais, uma procura crescente com origem na Ásia devido a modificações dos hábitos alimentares, colheitas fracas e o aumento do custo do petróleo são apontados como algumas razões da crise alimentar mundial.
As Nações Unidas criaram uma célula de crise composta por 27 agências e organismos da ONU, para delinear um plano contra a crise provocada pelo aumento do preço de produtos alimentares.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) também anunciou a disponibilização adicional de mil milhões de dólares (648 milhões de euros) para enfrentar o problema, sobretudo nos países africanos.
O BAD, que tem programada a próxima assembleia-geral para 12 a 14 de Maio, em Maputo, estima que o défice de alimentos poderá elevar-se a 35,8 milhões de toneladas e que Burkina Faso, Libéria, República Centro Africana, República Democrática do Congo e até o Egipto deverão ser os países mais afectados.
O Governo de Moçambique anunciou segunda-feira a construção de silos, com capacidade de 300 mil toneladas, em zonas de elevado potencial de produção agrícola para garantir a criação de reservas e assim fazer face à crise de alimentos.