10 de nov. de 2021, 17:39
— Susete Rodrigues/AO Online
Segundo nota, o 'Coletivo Açores
2050', “aberto a militantes e simpatizantes do PS-A, pretende ser
um fórum plural, de discussão aberta de temas políticos”,
contribuindo para a vitalidade e densificação do “debate político
dentro das estruturas do partido, como também para a sua cada vez
mais alargada e próxima ligação à sociedade, promovendo uma maior
sintonia com aqueles que são os verdadeiros anseios e aspirações
dos cidadãos”.
O “Coletivo Açores 2050” pretende,
também, através de debates e fóruns de discussão, uma reflexão
sobre o futuro dos Açores no quadro das políticas progressistas e
do socialismo democrático.
Neste sentido, está previsto para o
próximo dia 11 de dezembro, em Ponta Delgada, um fórum de debate
sobre políticas económicas, denominado 'Diálogos Coletivos',
centrado no Quadro 20/30 e nas verbas do PRR, na perspetiva da sua
“aplicação à região e com vista ao seu melhor aproveitamento
com o intuito de um desenvolvimento sustentado e sustentável, mas,
sobretudo, equitativo e gerador de riqueza”, explica a mesma nota.
No Manifesto enviado à comunicação
social, o 'Coletivo Açores 2050', refere que passado um ano das
eleições regionais, os Açores “vivem hoje uma nova realidade
política, marcada pela governação errática e inábil de uma
amálgama de várias ideologias de direita que, unidas numa coligação
negativa, acederam, oportunisticamente, ao poder e que tardam, por
incapacidade própria, em se conseguir afirmar e, mais grave, em
apresentar uma estratégia e um rumo para o arquipélago, como se
constatou pela imensa dificuldade da coligação em formar governo, e
deste em governar, acometido por sucessivas polémicas, algumas, como
as mais recentes, extremamente penalizadoras dos interesses dos
Açores”.
O Manifesto diz, ainda, que “importa,
mais do que nunca, enunciar alternativas políticas que defendam
intransigentemente o Estado Social, a Sustentabilidade Ambiental, a
Inovação Tecnológica e um Desenvolvimento Económico que promova
uma distribuição de riqueza equitativa, justa e solidária, que são
a base e o horizonte de um futuro melhor para todos os açorianos”.
Confrontados com as ondas de choque do
pós-pandemia, os Açores “encontram-se num momento de viragem
fundamental, em que, sem a orientação certa e as escolhas corretas,
correremos todos o risco de hipotecar o nosso desenvolvimento futuro
por muitas gerações”, adianta o Manifesto, acrescentando que “os
múltiplos desafios da reforma da autonomia e do sistema político,
da reforma da administração, da transição digital e da alteração
de modelos económicos e de organização social colocam-nos, a
todos, perante a enorme responsabilidade de dar o melhor das nossas
capacidades em prol do bem-comum e das gerações futuras”.
O “Coletivo Açores 2050”
propõe-se, com os contributos de todos quantos queiram integrar este
desafio, pensar o futuro dos Açores, de “forma livre e aberta,
procurando catalisar a mudança (onde ela seja necessária),
incentivar as cisões com formas antigas e obsoletas de estar na
política (onde elas ainda grassem) e promover um verdadeiro
desenvolvimento económico e social, com ações concretas e
resultados palpáveis, para todos os cidadãos. Pretende o “Coletivo
Açores 2050”, através desta abertura ao debate, estender a toda a
sociedade a propositura de novas e diferentes formas de agir sobre as
circunstâncias atuais da região”, lê-se no Manifesto.