Cria de cachalote com 3,5 metros dá à costa na ilha Terceira
30 de ago. de 2024, 10:13
— Lusa
“Poderá
haver ou não o fecho da zona balnear. Vamos começar os trabalhos logo
de manhã e se tudo correr bem estarão terminados antes das 10:00. Na
iminência de não estarem, vai ter de se efetuar o fecho da zona
balnear”, afirmou, em declarações à Lusa, o vereador da Câmara Municipal
da Praia da Vitória Marco Aurélio Meneses.Nas
redes sociais, a autarquia anunciou que, devido ao arrojamento de um
cetáceo junto à zona balnear das Quatro Ribeiras, o acesso ao local
estaria “temporariamente encerrado”, “considerando os trabalhos de
remoção”.Segundo Marco Aurélio Meneses,
foram ponderadas várias soluções para retirar o animal, que tem 3,5
metros de comprimento, devido ao difícil acesso ao local.“Houve
várias hipóteses: retirar por terra, retirar por mar, deixar em
decomposição ou queimar no local, mas foi decidido desmanchar o animal",
adiantou.O vereador explicou que o
cachalote arrojou numa “zona de calhau mais profunda”, que não permitia a
remoção com uma embarcação, mas onde existe, por outro lado, “uma
arriba enorme”, que não permite retirá-lo com uma grua.A opção de deixá-lo em decomposição também não era viável, porque o animal se encontra “próximo da zona balnear”.Os
trabalhos de remoção vão envolver a autarquia, a Polícia Marítima, a
Rede de Arrojamentos de Cetáceos dos Açores (RACA) e a Universidade dos
Açores.Segundo o capitão do Porto da Praia
da Vitória, António Almeida Marques, o animal foi avistado na
terça-feira, mas as várias entidades tiveram de fazer uma análise para
“perceber a melhor forma de o tirar do local”.O
diretor regional das Políticas Marítimas, Rui Martins, disse que nestes
casos habitualmente o animal é removido para aterro, mas “pode ser
exumado quando há alguma intenção de recuperar as ossadas”.A
direção regional, que gere a Rede de Arrojamento de Cetáceos dos
Açores, faz um registo destes casos, para perceber “que espécies arrojam
e onde”, e solicita, quando possível, necropsias e recolha de amostras
para análise.Segundo Rui Martins, este ano
já deram à costa nos Açores alguns golfinhos e uma tartaruga, bem como
algumas massas não identificadas em estado avançado de decomposição.