Presidente da República decretou estado de emergência
Covid-19
18 de mar. de 2020, 20:05
— Lusa/AO Online
O anúncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa numa comunicação ao
país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, depois de ouvido o
Conselho de Estado, ter obtido o parecer positivo do Governo e a
aprovação do decreto pela Assembleia da República, em Lisboa.
Marcelo
Rebelo de Sousa falou durante 13m40, numa comunicação aos portugueses, a
partir do Palácio de Belém, em Lisboa, para explicar os motivos da sua
decisão para conter a pandemia e os seus efeitos na economia e na
sociedade.A primeira é o “reforço da
solidariedade dos poderes públicos e deles com o povo”, justificando que
Portugal precisa de “aprender com os outros” países que, enfrentaram a
epidemia há mais tempo e com “passos graduais”, e agora adotar medidas
fortes.“Mesmo parecendo que pecamos por excesso”, disse.A
segunda razão foi a prevenção, para que o executivo de António Costa,
que tem “uma tarefa hercúlea” pela frente, possa “tomar decisões” com
rapidez, “ajustadas” e que seja “necessárias no futuro”.Em
terceiro ligar, a “certeza”, dado que é preciso prever que um “quadro
legal de intervenção” e garantir que, no futuro, não venha a ser
“questionado o fundamento jurídico” das decisões.Em
quarto lugar está a “contenção”, de forma a garantir que o decreto de
estado de emergência não “atinge o essencial dos direitos fundamentais”.Por
último, em quinto lugar, o decreto garante flexibilidade na reavaliação
da situação do país dentro de 15 dia pelo Governo, tendo em conta a
evolução da pandemia.