Costa prevê reforço das relações da Europa e do EUA com Joe Biden
EUA/Eleições
10 de dez. de 2020, 12:08
— Lusa/AO Online
“As
posições assumidas pelo presidente eleito Biden sobre uma visão
multilateral de respeito pelo primar do direito e de relação
transatlântica forte auguram que possamos ter um incremento das relações
com os Estados Unidos, designadamente no seio da NATO”, declarou
António Costa.Falando à imprensa junto do
secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, após uma visita à sede da
Aliança Atlântica em Bruxelas, António Costa vincou que “a Europa não
tem a ambição de substituir a NATO, mas de fortalecer a sua própria
defesa, nomeadamente no quadro da NATO”.“Estou
certo também que os Estados Unidos compreendem que outras regiões do
mundo, designadamente do espaço indo-pacífico, as relações
transatlânticas continuarão a ser algo essencial na sua política externa
e na nossa relação com Europa e América, sobretudo no quadro da NATO”,
vincou o chefe de Governo português.Já
questionado sobre o convite do presidente do Conselho Europeu, Charles
Michel, feito a Joe Biden para uma cimeira presencial no primeiro
semestre de 2021, durante a presidência portuguesa da União Europeia,
António Costa falou numa “articulação de agendas” para permitir também
uma visita à NATO.“O gabinete do
presidente do Conselho, Charles Michel, e do secretário-geral, estão em
contacto de forma a articular agendas e a poderem aproveitar uma visita
do presidente Biden a Bruxelas para poder reunir simultaneamente com a
NATO”, adiantou o chefe de Governo português.Nestas
declarações à imprensa, António Costa abordou as explorações e
perfurações ilegais turcas nas zonas económicas gregas e cipriotas,
vincando que “os conflitos devem ser resolvidos de forma pacífica e
dialogada e sem sanções e sem qualquer tipo de confrontação”.“Se
isso é assim em regra geral, por maioria de razão tem de ser assim
entre aliados e, por isso, apelei ao secretário-geral para que a NATO
pudesse reforçar os seus esforços para encontrar solução que ultrapasse o
conflito existente sem deixar de expressar total solidariedade com
Chipre e com a Grécia e com o direito que têm a ver preservada a
integridade do seu território e as suas águas territoriais”, disse o
chefe de Governo aos jornalistas.Observando
que “no seio da UE foram desenvolvidos esforços para que, sem a
aplicação de sanções, a Turquia respeite a integridade territorial de
Chipre e Grécia”, António Costa adiantou ser “fundamental também que a
NATO possa ajudar e colaborar”.