Costa pede aos portugueses que regressem à rua mas com cautelas
16 de mai. de 2020, 12:49
— LUSA/AO online
"Com a mesma determinação com que nos
fechámos, temos agora também de voltar a ir à rua, voltar a procurar
retomar a normalidade da nossa vida agora de uma nova forma e com as
cautelas que não podemos deixar de ter", defendeu o primeiro-ministro.António
Costa lançou este apelo no final de uma visita ao comércio do Chiado,
em que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Fernando Medina, e pelo secretário de Estado dos Assuntos
Parlamentares, Duarte Cordeiro. Em declarações aos jornalistas na Rua do Carmo, junto ao Rossio, o primeiro-ministro reforçou esta mensagem."Com
a mesma convicção com que pedi que ficassem em casa, o apelo que eu
agora faço é que, com segurança, com cautelas, retomem o processo de
ocupação da rua, de regresso à rua, de regresso às lojas, de regresso à
restauração, de regresso aos cafés, porque é assim que coletivamente
vamos poder relançar outra vez a nossa vida no país", afirmou.Segundo
o primeiro-ministro, os portugueses souberam ser "muito disciplinados e
muito determinados" no confinamento em casa para conter a propagação da
covid-19."Temos tido sucesso e não
podemos baixar a guarda, porque este é um esforço que temos de continuar
- e para isso temos de usar a máscara quando entramos nos locais
fechados, temos de desinfetar as nossas mãos, temos de manter o
distanciamento físico", realçou.Contudo,
considerou que "os comerciantes, com enorme responsabilidade, estão a
adotar as medidas de segurança" para que se possa voltar às lojas "sem
perigo" e que há que "corresponder ao enorme esforço que estes
comerciantes fizeram", a quem deixou "uma palavra de alento e de
agradecimento"."O civismo dos portugueses
tem sido a chave do nosso sucesso na contenção da pandemia e, portanto,
vai ser também a chave de nos irmos libertando em segurança", defendeu
António Costa, que desceu o Chiado lado a lado com a sua mulher,
Fernanda Tadeu, com quem entrou em várias lojas.A
pandemia de covid-19 atingiu 196 países e territórios, registando-se
mais de 307 mil mortos e mais de 4,5 milhões de pessoas infetadas a
nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, feito com
base em dados oficiais.Em Portugal,
morreram 1.203 pessoas num total de 28.810 confirmadas como infetadas, e
3.822 doentes recuperaram, de acordo com o relatório de hoje da
Direção-Geral da Saúde (DGS).A covid-19 é uma doença provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan, uma cidade do centro da China.