Costa Neves confiante que Governo terá sucesso numa missão “sempre, sempre adiada”
14 de jan. de 2025, 10:36
— Lusa/AO Online
O
antigo ministro falava após tomar posse no novo cargo criado pelo XXIV
executivo PSD/CDS-PP, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro,
Luís Montenegro, na residência oficial em São Bento (Lisboa).Costa
Neves citou o programa do Governo para apontar a prioridade no setor
público à “agregação de serviços dispersos em unidades, serviços,
direções gerais e inspeções”, tendo como principais objetivos “melhorar o
serviço prestado aos cidadãos e a criação de instituições eficazes e
eficientes, transparentes, sustentáveis, inclusivas e mais próximas dos
cidadãos e das empresas”.“Uma reforma há
muito tempo unanimemente referenciada, mas sempre, sempre adiada. Tem o
Governo, presidido por V. Exa., o mérito de a identificar, a coragem de
se comprometer com ela e a determinação de a lançar”, elogiou, perante
Luís Montenegro.Costa Neves recorreu, no
seu discurso, à fórmula usada na tomada de posse dos ministros, jurando
cumprir com lealdade as funções que lhe foram hoje confiadas.“Acredito no sucesso da missão que nos é atribuída”, expressou.Quanto
aos princípios orientadores desta missão, destacou “uma cultura de
resultados e de serviço público aos cidadãos, a valorização e
dignificação profissional dos trabalhadores, a simplificação,
desburocratização e racionalização dos meios usados, a
multidisciplinaridade e o trabalho em equipa, a racionalidade e
celeridade dos procedimentos”, bem como “a responsabilidade,
transparência e controle das atividades desempenhadas”.“Concordarão que não é coisa pouca”, frisou.O
Governo anunciou a 27 dezembro a nomeação do ex-administrador do Banco
de Portugal Hélder Rosalino como secretário-geral do Governo, que viria
a desistir do cargo três dias depois após uma polémica pública sobre o
vencimento que iria ter nesta nova função, cerca de 15 mil euros.De
acordo com informação do gabinete do primeiro-ministro, o estatuto
remuneratório do novo secretário-geral do Governo “será o previsto nos
termos do decreto-lei nº 43-B/2024, de 2 de julho”, rondando os seis mil
euros, acrescentando-se que Carlos Costa Neves “abdica das pensões da
Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações e da subvenção mensal
vitalícia por ser ex-titular de cargo político”.Carlos
Costa Neves, 70 anos, foi ministro da Agricultura no XVI Governo
Constitucional, chefiado por Pedro Santana Lopes, e dos Assuntos
Parlamentares no XX Governo Constitucional, liderado por Passos Coelho,
além de ter presidido ao PSD/Açores.Licenciado
em direito, foi ainda deputado à Assembleia da República e ao
Parlamento Europeu entre 1994 e 2002, além de ter sido várias vezes
secretário regional em Governos sociais-democratas nos Açores.A
secretaria-geral do Governo arrancou a 01 de janeiro de 2025 e resulta
da implementação da primeira fase da reforma da administração pública. Segundo
o Governo, esta primeira fase procede à extinção de nove entidades por
fusão na secretaria-geral do Governo e e cortará em 25% o número de
cargos diretivos, gerando uma poupança de cerca de 4,1 milhões de euros
por ano ao Estado.A direção da
secretaria-geral do Governo contará com um secretário-geral e seis
adjuntos, quatro deles já nomeados, com os restantes dois a serem
indicados posteriormente “no decurso do processo de fusão das restantes
secretarias-gerais”.Além de Carlos Costa
Neves, já foram anunciados como secretários-gerais adjuntos Fátima
Ferreira, Filipe Pereira, João Rolo e Mafalda Santos.