Costa diz ter tido "excelente reunião de trabalho" com Marcelo
O primeiro-ministro, António Costa, foi recebido durante aproximadamente duas horas e meia pelo Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem disse ter tido uma "excelente reunião de trabalho".

Autor: Lusa/AO online

 

Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, que decorreu no Palácio de Queluz, António Costa considerou "natural" que, neste momento de "transição de poderes", o Governo mantenha o Presidente eleito "ao corrente dos assuntos do Estado" e adiantou que estão a ser definidas "regras de trabalho em comum".

Questionado se haverá novos encontros antes da posse de Marcelo Rebelo de Sousa, marcada para 9 de março, o primeiro-ministro respondeu que "provavelmente sim" e referiu que estes contactos estão ser feitos "com o consentimento" e "sem desconsideração" pelo atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, "que está no pleno exercício das suas funções".

O chefe do Governo do PS chegou ao Palácio de Queluz - onde Marcelo Rebelo de Sousa tem um gabinete de trabalho até à sua tomada de posse - às 15:09, acompanhado pela sua chefe de gabinete, Rita Araújo. O encontro com o Presidente eleito terminou cerca das 17:45.

António Costa despediu-se de Marcelo Rebelo de Sousa com um "até breve" e em seguida prestou declarações aos jornalistas.

O primeiro-ministro começou por dizer que esta "foi uma excelente reunião de trabalho com o senhor Presidente da República eleito" e que "o Governo tem estado a acompanhar esta transição de poderes" na chefia do Estado.

"Vários membros do Governo têm tido sessões de trabalho com o senhor Presidente eleito", mencionou António Costa, recordando que já tinha estado reunido com Marcelo Rebelo de Sousa após a sua eleição, num jantar na residência oficial do primeiro-ministro, a 28 de janeiro.

O objetivo "é que o Governo vá mantendo contactos com o senhor Presidente da República eleito, para que se vá mantendo informado do andamento dos assuntos do Estado, informado de algumas questões particularmente relevantes que sejam colocadas", acrescentou.

Questionado sobre a agenda desta reunião, o primeiro-ministro afirmou que o Orçamento do Estado para 2016 "não foi objeto de particular atenção" e recusou "esmiuçar os temas da conversa", alegando que "são naturalmente reservados" e "não são objeto de transmissão pública".