Costa diz que em 2024 ninguém vai “receber menos” de pensão do que em 2023
Crise/Inflação
7 de set. de 2022, 12:23
— Lusa/AO Online
“Aquilo que quero reafirmar,
primeiro, é que ninguém perderá um cêntimo relativamente aquilo que
receberia até ao final de 2023, e mais, que em 2024 não vai receber
menos do que recebeu em 2023”, declarou António Costa aos jornalistas à
margem da cerimónia de designação do aeroporto de Faro como aeroporto
Gago Coutinho.O chefe do Governo foi
confrontado com críticas à medida, designadamente, aquelas segundo as
quais a medida de um suplemento extraordinário das pensões em outubro,
com congelamento da forma de cálculo, pode vir a ter como consequência a
perda de rendimento em 2024 e mostrou-se “surpreendido” com esse
“debate político”, garantindo que dentro de um ano é que se fixarão
esses aumentos.“Tal como agora estivemos
aqui para responder às necessidades de aumento extraordinário de
rendimento, com a criação desse suplemento extraordinário, como
estivemos aqui para garantir que até ao final do próximo ano toda a
gente vai receber o que tem direito a receber, cá estaremos daqui a um
ano para, em função daquilo que for a realidade da inflação, daquilo que
for também a realidade das finanças do país, da economia do país,
podermos fixar o aumento para 2024”, afirmou.“Eu
fico às vezes surpreendido com este debate político, porque estamos a
tomar medidas para 2022, estamos a tomar medidas para 2023, e está-se a
discutir é o que vai acontecer em 2024? Para discutir 2024 lá
chegaremos, para fazer essa discussão”, sublinhou.O
Governo apresentou na segunda-feira um pacote de medidas para apoiar os
rendimentos devido ao aumento da inflação, que incluem o pagamento
extra de meia pensão, que será efetuado em outubro e um apoio de 125
euros que vai ser dado a todos residentes não pensionistas com um
rendimento mensal bruto até 2.700 euros.