Autor: Lusa/AO Online
Vasco Cordeiro
estará ao lado do primeiro-ministro nos encontros com a comunidade
portuguesa naquelas cidades do Canadá, país que acolhe cerca de 450 mil
portugueses e lusodescendentes na sua maioria de origem açoriana. Logo
no primeiro ponto do programa, na quarta-feira, ao fim da tarde, em
Otava, tal como António Costa e o secretário de Estado das Comunidades,
José Luís Carneiro, também o presidente do Governo Regional dos Açores
fará uma intervenção no Centro Recreativo Português Lusitânia. De
acordo com dados dos serviços consulares portugueses no Canadá, os dois
escalões etários com mais peso relativamente aos elementos da
comunidade portuguesa são o dos 25 aos 54 anos (37%), bem como o grupo
acima dos 65 anos (34%). A
comunidade concentra-se maioritariamente nas províncias do Ontário (74%
em Toronto e Otava) e no Quebeque (14% em Montreal, Laval, Longueueil,
Brossard, Saint-Therése). Segundo
os mesmos dados consulares, com uma população ativa na ordem dos 68%,
"os portugueses usufruem, na generalidade, de estabilidade económica" e
possuem "uma integração social classificada como muito positiva". Estas
mesmas ideias sobre a comunidade portuguesa foram recentemente
salientadas pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, numa
mensagem que publicou em 25 de abril passado na página oficial do
Governo canadiano. Ainda
no que respeita a indicadores sobre a comunidade portuguesa, a
atividade comercial representa 27% da força laboral, seguindo-se a
indústria dos transportes (18%), negócios, finanças e administração
(17%), a área de gestão (10%), educação, justiça e serviços comunitários
e governamentais (9%), manufatura (6%), atividades técnicas e
científicas (5%). Apesar
destes dados, assinala-se também um "envelhecimento" dos membros da
comunidade portuguesa "e um afastamento progressivo das gerações mais
novas do associativismo tradicional". "É
igualmente notado o decréscimo do número de alunos das escolas
portuguesas que funcionam junto das associações da comunidade, que se
repercute na diminuição do número de falantes da língua portuguesa entre
os luso-descendentes de segunda e terceira geração", indica-se também
nos textos provenientes dos serviços consulares portugueses.