Costa aponta nervosismo e fadiga como causas da polémica sobre o 25 de Abril
Covid-19
20 de abr. de 2020, 10:41
— Lusa/AO Online
António
Costa transmitiu esta posição depois de uma reunião com o cardeal
Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, no Seminário nos Olivais, após
ser confrontado com a polémica em torno das comemorações do 25 de Abril,
no sábado, na Assembleia da República."Estamos
a chegar a uma fase em que, naturalmente por cada vez maiores
necessidades económicas e sociais, por cada vez maior cansaço e fadiga
relativamente às medidas de contenção, está tudo a ficar excessivamente
nervoso para aquilo que é recomendável, depois da forma exemplar como
temos vivido todo este período", reagiu o líder do executivo.Relativamente
a esta polémica em torno das comemorações do 25 de Abril na Assembleia
da República, António Costa recomendou então que haja "bom senso" neste
período de combate à propagação do novo coronavírus."Temos
conseguido viver este período de estado de emergência sem suspender o
nosso regime democrático. Ainda na semana passada houve um plenário na
Assembleia da República para renovar o estado de emergência e, na
quarta-feira, está marcado um debate quinzenal com o primeiro-ministro",
apontou.Ou seja, segundo António Costa, a
Assembleia da República "tem mantido a sua atividade, naturalmente com
níveis limitados à participação, tendo em conta as regras que todos têm
de manter em termos de afastamento social"."Não
me cabe pronunciar sobre as regras da vida interna da Assembleia da
República, mas registo que o parlamento tem vindo a manter o seu
funcionamento normal com os condicionamentos próprios da atual
circunstância. Acho que este não é o momento para divisões, mas para
todos nos mantermos unidos", sustentou.Neste contexto, António Costa fez ainda referência à forma como se espera que decorram as comemorações oficiais do 1º de Maio. "Sem
prejuízo da celebração do Dia do Trabalhador, nada deve acontecer que
ponha em causa a saúde", disse, especificando mesmo que não se devem
realizar "manifestações que coloquem riscos para a saúde pública".