Costa anuncia mais apoios para sócios-gerentes e trabalhadores independentes
Covid-19
6 de mai. de 2020, 11:22
— Lusa/AO Online
Estas medidas foram
transmitidas por António Costa no final de uma visita ao Instituto da
Segurança Social, em Lisboa, tendo sido justificadas pela "abrupta"
alteração da realidade do país na sequência da pandemia de Covid-19.Numa
visita em que esteve acompanhado pela ministra do Trabalho e da
Segurança Social, Ana Mendes Godinho, António Costa disse que o Governo
já tinha antes coberto situações em que sócios-gerentes, em particular
de microempresas, tinham apoios para a redução da atividade, desde que
não tivessem trabalhadores a seu cargo. "Esta
semana vamos dar um passo mais, alargando também a sócios-gerentes de
microempresas com trabalhadores a seu cargo", declarou o
primeiro-ministro.O segundo passo que o
Governo vai dar, segundo António Costa, relaciona-se com o prazo de
garantia para o acesso ao subsídio social desemprego de pessoas em
situação de período experimental e para casos de denúncia do contrato. "O
prazo de garantia estava previsto para circunstâncias normais, mas esse
não é o atual caso, porque, como vimos, num mês, tudo mudou. Não
podemos deixar essas pessoas para trás", alegou.A
terceira medida, prosseguiu António Costa, será dada em relação ao
conjunto de trabalhadores independentes - trabalhadores esses que
gozavam da alternativa de descontar ou não para a Segurança Social. "Quem
não cumpriu a alternativa [de descontar para a Segurança Social], não
está protegido. Vamos dar um passo permitindo proteger também os
trabalhadores independentes que, nos primeiros 12 meses, não fizeram
descontos, permitindo que isso se faça de forma justa. Naturalmente, não
poderão receber o mesmo de quem fez a contribuição ao longo desses 12
meses", advertiu logo a seguir o primeiro-ministro.Na
sua intervenção, o primeiro-ministro adiantou que o executivo, ao longo
da presente semana, "irá dar mais um passo" em relação ao sistema
público de Segurança Social.A ideia, de
acordo com António Costa, "é abrir a porta a todos aqueles que, por
razões várias, incluindo uma questão de opção ou em resultado de
mecanismos de desregulação existentes no mercado de trabalho, "têm
vivido em circunstâncias de informalidade"."Este
é o momento de esses cidadãos porem termo à informalidade e
formalizaram a sua participação na Segurança Social. Venham para a
Segurança Social, estamos cá para os acolher, dando-lhes apoio. Não
queremos deixar ninguém para trás ao longo desta crise", salientou o
primeiro-ministro.Esta abertura da
Segurança Social a trabalhadores informais já tinha sido mencionada pela
ministra Ana Mendes Godinho na sua anterior breve intervenção nesta
sessão.